“Maguitistas” se articulam com estratégia para mostrar que Mendanha não tem obras

Da Redação

Uma reunião na noite desta terça-feira, 1º de fevereiro, na casa de Jório Rios (no Centro), que foi secretário de Regulação Urbana na gestão de Maguito Vilela em Aparecida, marcou o início efetivo da reação do grupo ligado ao presidente estadual do MDB Daniel Vilela no município.

Daniel comandou o encontro. Compareceram 26 ex-secretários, que elaboraram um plano de trabalho para a campanha deste ano, a ser desencadeado imediatamente, sob coordenação do ex-deputado federal Euler Morais – que também foi secretário de Maguito na prefeitura e tem no currículo uma robusta experiência com mais de 10 campanhas eleitorais de peso.

Várias decisões foram tomadas. O grupo vai buscar a sua ampliação, através de lideranças de bairro que tiveram proximidade com Maguito, de representantes do setor empresarial e da base do governador Ronaldo Caiado em Aparecida – cidade onde ele venceu as eleições de 2018 com 44% da votação.

O conteúdo do trabalho é o óbvio: a defesa do legado de Maguito para os aparecidenses e a sua aprovação à aliança do MDB com Caiado, que ele já tinha apoiado para o senado em 2014.

Desde já, vídeos serão produzidos para mostrar, nas redes sociais, as obras e realizações da gestão do pai de Daniel Vilela, sem apelações de marketing.

O próprio Daniel tem dito, com frequência, que o grande responsável pelo avanço de Aparecida e a sua emancipação da condição de “cidade dormitório” a serviço de Goiânia é Maguito.

Nesse ponto, todos os presentes concordaram com uma constatação: Gustavo Mendanha está com as mãos vazias, mesmo depois de cinco anos de mandato. Isso significa que não tem o que mostrar, a não ser o “varejão” de pequenos serviços da prefeitura, insuficiente para dar uma marca ou identidade para a sua administração.

Daniel Vilela perguntou se alguém tinha conhecimento sobre obras de destaque executadas por Mendanha. Ninguém soube responder.

A uma citação sobre o Hospital Municipal, o HMAP, foi lembrado que o prédio foi construído por Maguito, que também licitou o equipamento, parte entregue ainda na sua gestão.

O que Mendanha fez, foi permitir que viessem operações policiais, três até agora, que comprovaram a prática de corrupção dentro do HMAP e o envolvimento de membros importantes da sua equipe de secretários, como o titular da pasta da Fazenda André Rosa, que chegou a ter a casa vasculhada pelas equipes de agentes da Polícia Civil.

O legado de Maguito, portanto, será o ponto crucial da mensagem a ser levada à população aparecidense. A explosão da economia com a implantação dos pólos industriais e a construção dos eixos estruturantes serão temas fundamentais e, conforme a avaliação do grupo, de fácil demonstração.

O contraste com a paralisia que Mendanha trouxe para Aparecida, que não recebeu uma única grande empresa desde o início do seu mandato, será evidenciado com força no material de comunicação que será produzido oportunamente.

Outro ponto abordado foram as pesquisas. Daniel Vilela afirmou que os números apurados até agora o deixaram com o maior otimismo possível. Mendanha, sim, ganharia em Aparecida, o que explica os 13% que teve na 1ª pesquisa Serpes, divulgada na semana passada.

Mas a surpresa positiva foi que a vantagem não é grande. E perde no resto na Região Metropolitana. Em Anápolis, por uma diferença massacrante, não conseguindo superar sequer o deputado federal Major Vitor Hugo, conforme o detalhamento da Serpes.