Política

Major Vitor Hugo descarta em definitivo apoio da base bolsonarista a Mendanha

Deputado federal, ex-líder do governo na Câmara e pré-candidato a governador de Goiás rechaça qualquer aproximação entre o clã do bolsonarismo e o projeto eleitoral do prefeito de Aparecida

O deputado federal Major Vitor Hugo, ex-líder do governo na Câmara e pré-candidato a governador de Goiás, afirma que o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, não tem o “perfil político” adequado para receber o apoio do bolsonarismo em Goiás. Nas críticas a Mendanha, Vitor Hugo vai além: relembra que o prefeito sempre debochou de Jair Bolsonaro antes de peregrinar por Brasília em busca de uma audiência com o presidente da República.

 

“Ele não merece o apoio de Bolsonaro e de seus seguidores em Goiás”, resume. Vitor Hugo diz que está à disposição do presidente Jair Bolsonaro para enfrentar, nas eleições deste ano, o governador Ronaldo Caiado, o prefeito Gustavo Mendanha, o ex-governador Marconi Perillo e o PT. “Meu nome está à disposição para a disputa ao governo de Goiás”, garante.

 

Com a família Bolsonaro controlando o PL em todos os Estados, tudo indica que Major Vitor Hugo deverá se filiar ao partido na vigência da “janela” – período em que deputados federais e estaduais podem trocar de legenda, entre 3 de março e 2 de abril.

 

Ao Jornal Opção On-line, Vitor Hugo foi claro ao afirmar que não acredita que “Gustavo Mendanha represente a “direita conservadora”, hoje defendida pelo bolsonarismo. “Como prefeito, Gustavo se coligou com o PT, PCdoB, PSB, PDT e PV, isso nas suas duas eleições. Para mim, fica claro que ou ele não sabe, ou ele sabendo, ignora tudo de ruim que a esquerda fez ao País e poderia fazer caso voltasse ao poder”, justifica ao descartar qualquer hipótese de aliança com Mendanha.

O parlamentar diz que o prefeito de Aparecida de Goiânia faz “jogo duplo”, quando “flerta” com o presidente Jair Bolsonaro e recebe apoio de políticos de esquerda, como Kátia Maria, Adriana Accorsi e Elias Vaz. “Até uma filiação de Mendanha ao PSB já foi cogitada”, rememora – o que é verdade (Elias Vaz discutiu o assunto com o próprio Mendanha).

 

A relação de Mendanha com Bolsonaro em momentos anteriores também foi um fator mencionado por Vitor
Hugo como um motivo pelo qual o prefeito de Aparecida “não pode ser escolhido como o representante do bolsonarismo e da direita conservadora em Goiás”. Ele alega que, por diversas vezes, Gustavo teria “debochado e desdenhado” do presidente da República. Vitor Hugo, inclusive citando o encontro que intermediou entre 20 prefeitos goianos – incluindo o de Aparecida – e Bolsonaro, em Brasília, como um exemplo de “falta de empatia” de Mendanha para com Jair Bolsonaro. “Tem entrevistas dele [Gustavo] desdenhando, debochando do presidente. Do apresentador fazendo críticas e comentários depreciativos e ele ali, rindo. Ele ainda falou que não tinha paixão pelo presidente. Quando eu levei ele e outros 19 prefeitos para encontrar o presidente, percebi uma total falta de empatia, ele não tirou foto direito, não interagiu, não gravou vídeo, não mandou nenhum ofício pedindo algo para Aparecida de Goiânia. Ele realmente não tem nenhuma identificação com o presidente”, afirmou ao Jornal Opção Online.

Vitor Hugo ainda avaliou que a postura neutra anunciada por Mendanha, de tentar não se manter nem do lado do ex-presidente Lula nem de Bolsonaro, “fez com que ele se desgastasse de ambos os lados”. Para o deputado bolsonarista, tanto essa postura neutra com tendência de aproximação à esquerda quanto o desempenho de Mendanha nas pesquisas teriam acarretado, por exemplo, em um afastamento de Magda Mofatto do prefeito de Aparecida.

 

É preciso lembrar, diz Vitor Hugo, que, anteriormente, Magda não escondia seu apoio à filiação de Gustavo ao PL. “Ela tinha uma expectativa de que Gustavo se saísse melhor nas pesquisas, e aí Marconi ficou na frente, e ela fez um gesto na direção do Marconi, representando um esfriamento no apoio ao Mendanha”, avaliou o parlamentar.

 

Reprodução

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