Pescados apresentam variação de até 187% na proximidade da Semana Santa
Aumento médio em comparação aos preços de 2021 foi de 5,5%, segundo pesquisa do Procon Goiás
O tradicional consumo de pescados no período da Quaresma, considerando a proximidade da Semana Santa, pode ficar salgado se o consumidor não adotar o hábito da pesquisa de preços.
Neste ano, com um cenário menos alarmante após dois anos de pandemia da Covid-19, alguns comerciantes visitados têm a expectativa de que o volume de venda seja melhor que o do ano passado.
Porém, a perda do poder aquisitivo da população e o aumento médio nos preços de alguns tipos de pescados podem refletir em uma procura menor.
Para orientar e alertar os consumidores sobre os cuidados a servem observados na hora da compra e informações de preços, o Procon Goiás visitou, do dia 29 de março ao dia 7 de abril, 19 (dezenove) estabelecimentos da capital (supermercados e peixarias), apurando os preços de 39 (trinta e nove) itens de pescados.
Tilápia apresenta maior variação de preço
A maior variação de preço identificada na pesquisa foi no quilo da tilápia inteira (kg), com valores entre R$ 13,89 e R$ 39,90. A variação é de 187%. Em segundo lugar, aparece o tambaqui, encontrado de R$ 13,95 a R$ 39,90 – 186%. O tradicional bacalhau do Porto, uma boa pedida para a Semana Santa, apresentou oscilação de 131%, com preços entre R$ 82 e R$189.
Aumento médio na comparação com 2021 foi de 5,51%
O aumento médio geral apontado pela pesquisa na comparação com os preços praticados no mesmo período do ano passado chegou a 5,51%. Já individualmente, o maior aumento médio registrado foi no quilo do tambaqui. Na Semana Santa de 2021, o preço médio do quilo era comercializado a R$ 17,66. O preço médio atual é de R$ 20,87, aumento de 18,16%.
Em alguns casos, no entanto, verificou-se uma redução, como no preço do quilo do pintado, que passou de R$ 28,93 para R$ 26,33 – redução de 9% – e na sardinha (800 gramas), cujo preço médio caiu de R$ 15,95 para R$ 15,41 – 3,36%.
Cuidados a serem observados na hora da compra
A pesquisa divulgada pelo Procon Goiás dá uma noção dos preços médios praticados. Por isso, ainda que o consumidor visite estabelecimentos não contemplados pela pesquisa, é possível identificar se o preço cobrado está acima ou não da média praticada.
Nos supermercados, o pescado deve estar exposto em balcão frigorífico e na feira, envolto em gelo picado, sempre protegido do sol e insetos. No caso de peixe congelado e vendido em embalagens, o balcão não pode estar superlotado, pois isso impede a circulação de ar refrigerado e compromete a qualidade do produto.
Deve ser verificado ainda se o produto tem o selo de inspeção, data de acondicionamento e prazo de validade. Verifique ainda se há presença de água ou sinal de umidade próximo ao freezer, pois isso pode ser um indicativo de que o freezer foi desligado ou teve a temperatura reduzida durante a madrugada.
A aparência do pescado pode dar alguns indicativos se o produto está ou não em boas condições para o consumo. Pressione a barriga do peixe para saber se ela está firme. Ele deve voltar ao formato original. Veja se os olhos estão com aspectos brilhantes e salientes.
Também é preciso checar se as guelras estão vermelhas e se as escamas estão bem presas ao corpo. No caso de bacalhau e outros peixes secos, não devem apresentar manchas vermelhas ou pintas pretas no dorso nem umidade, o que pode indicar presença de bactérias. Observe ainda: se o sal grosso se desprender significa que o bacalhau não está úmido. Se estivesse, a umidade sugaria o sal.
O feirante ou vendedor deve usar luvas e avental ao manusear o produto. Fique atento ao uso de toldos vermelhos nas barraquinhas das férias, pois eles podem “maquiar” a cor do peixe. Leve-o para a fora da barraca para verificar.
Ao comprar peixe fresco, seja adquiridos em feiras ou mercados, sempre acompanhe a pesagem. Devido à pandemia da Covid-19, tenha cuidado com a higienização. Após o manuseio dos produtos, lembre-se de lavar as mãos com água e sabão ou utilize o álcool 70% (gel ou líquido).