Modelo de gestão que Caiado implantou resume as propostas da sua candidatura
Governador leva vantagem sobre a oposição por contar com um projeto de futuro para Goiás, que resulta do seu 1º governo, enquanto os adversários ainda não apresentaram suas ideias
Da Redação
Candidato à reeleição, o governador Ronaldo Caiado leva uma vantagem enorme sobre a oposição: seu nome resume o projeto de futuro que tem para Goiás. Caiado não precisa dizer nada. É público e notório que, reeleito, irá dar sequência ao modelo de gestão que vem aplicando desde que assumiu, há pouco mais de três anos.
Uma fórmula que até os adversários reconhecem como positiva: responsabilidade fiscal, ajuste das finanças do Estado, fim do desequilíbrio entre receitas e despesas, e ênfase radical na Educação, nos programas sociais e na Segurança, áreas onde tem alcançado resultados realmente notáveis.
Mais quatro anos de Caiado serão mais quatro anos que têm tudo para levar Goiás a um patamar virtuoso como poucas vezes se viu, sob o embalo da recuperação do fluxo de caixa do governo, que já a partir deste ano mostra uma grande margem de sobras para investimentos.
Depois do plantio difícil e trabalhoso que foi o primeiro mandato, um segundo seria destinado à colheita dos frutos dourados. Votar em Caiado em outubro, portanto, corresponderá a reconhecer essa certeza e ela tem potencial de atração, infelizmente para a oposição, que tem pela frente uma eleição quase impossível de vencer.
As cartas de Caiado, portanto, estão na mesa, com transparência e precisão. Falta agora ver o jogo dos adversários, que já deveria ter sido revelado, mas segue exageradamente atrasado. Dois candidatos aparecem como mais ou menos determinados, Gustavo Mendanha e Major Vitor Hugo. Nenhum dos dois foi capaz, até agora, de dizer a que virão. O que representam? Que ideias defendem? Qual a visão de amanhã que propõem para Goiás?
Ninguém sabe, a não ser um quê genérico de contraposição. Mendanha e Major Vitor Hugo ainda não lograram deixar claro qual o projeto alternativo de poder que sugerem para o Estado, afora frases genéricas e declarações de intenções. As candidaturas de Mendanha e Major nasceram de vontades individuais e ainda não se transformaram em um propósito coletivo, se é que vão conseguir um dia.
Nesse sentido, a postulação do deputado federal tem vantagem sobre a do ex-prefeito de Aparecida, por uma razão óbvia: ele se comunica e bem com a base bolsonarista, que, mesmo sem a expressão do passado, ainda mostra um certo alento em Goiás e sabe o que quer.
Mendanha, por sua vez, tem o recall da sua boa votação na reeleição para a prefeitura de Aparecida, em 2020, quando chegou a mais de 90% dos votos. O desafio que ele enfrenta é superar os limites do seu município, já que é um quase desconhecido fora.
Em pleitos majoritários, não há como subverter o maior fator de decisão do eleitorado, que é a representatividade ou o significado de cada candidatura. Assim, Marconi Perillo foi eleito em 1998 encarnando um sentimento de ruptura diante da fadiga do MDB e Jair Bolsonaro e Caiado ganharam em 2018, o presidente simbolizando o antipetismo e Caiado como intérprete perfeito da luta contra a corrupção dos governos tucanos de antigamente.
Apenas como nomes isolados, sem conexão com os anseios gerais da população, não teriam vencido. Para cada um deles, e antes, estavam colocados conceitos maiores que a personalidade ou a individualidade de cada um, precedendo a ação que levou à vitória. É isso que decide uma eleição.