Candidatos da base ao Senado convergem no apoio a Caiado
overnador diz que vai respeitar decisão dos partidos; pré-candidatos buscam aval do TSE para concorrer mesmo sem integrar uma chapa majoritária
Helton Lenine
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), não pretende interferir nas decisões dos partidos relacionadas a candidaturas avulsas para o Senado. Apenas uma vaga estará em disputa nas eleições de 2 de outubro, por Estado. Entre os nomes que têm interesse em disputar a eleição para o Senado na base governista estão: Luiz Carlos do Carmo (PSC), Alexandre Baldy (PP), Delegado Waldir (UB), João Campos (Republicanos), Zacharias Calil (UB) e Lissauer Vieira (PSD).
Sobre a legalidade da candidatura avulsa ao Senado, após consulta feita pelo deputado federal goiano Delegado Waldir Soares, a assessoria técnica do TSE já apresentou as condições em que poderá vigorar a candidatura avulsa. A decisão final será do plenário da Corte.
“Eu sou uma pessoa que cumpre e respeita a lei. De maneira alguma cabe a mim interferir na decisão partidária. O partido é soberano. Dentro daquilo que é aceito na legislação, é o partido que vai decidir se deve ou não lançar candidato. Não cabe ao candidato ao governo de maneira nenhuma dar pitaco dentro daquilo que é decisão da executiva de um partido. Se eles acham que devem lançar candidato, é uma posição. Se acham que devem convergir em uma candidatura, também acolherei essa decisão”, afirmou o governador Ronaldo Caiado, em entrevista coletiva à imprensa.
VEJA O QUE CADA NOME OFERECE COMO VANTAGEM
Alexandre Baldy – PP
O ex-ministro das Cidades Alexandre Baldy, presidente estadual do Progressistas, diz que pretende concorrer ao Senado em apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado: “Meu problema é demonstrar que sou o mais competitivo entre os senatoriáveis da base aliada, sendo avulso ou não. Somos três nomes e sairemos todos independentes”.
Luiz do Carmo – PS
No Senado há pouco mais de três anos – após assumir como suplente a vaga deixada pelo governador Ronaldo Caiado – o senador Luiz do Carmo se diz habilitado para concorrer à reeleição e continuar na Casa. Ele, que por décadas esteve nos quadros do MDB, neste ano migrou para o PSC para viabilizar a candidatura na chapa caiadista. Luiz do Carmo tem sido orientado pelo presidente estadual do PSC, Eurípedes do Carmo, seu irmão, a aceitar a candidatura avulsa ao Senado.
Lissauer Vieira – PSD
Pré-candidato ao Senado bancado pelo PSD após a desistência de Henrique Meirelles (UB-SP), o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, se posiciona contra a possibilidade de lançamento de candidaturas isoladas na base do governador Ronaldo Caiado (UB). O pessedista aponta que o modelo pode transformar uma candidatura majoritária em uma disputa de “deputado federal”. “Não tem nenhuma definição sobre isso ainda. Existe um parecer técnico de uma assessoria do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Mas divide os votos e acho que até mesmo para o governador é um negócio preocupante. Não vejo isso com bons olhos”, afirmou a coluna Giro, de O Popular.
João Campos – Republicanos
O deputado federal João Campos, presidente estadual do Republicanos, também não se opõe à candidatura avulsa ao Senado, ao lado do governador Ronaldo Caiado. O seu partido colocou seu nome para a disputa a senatória e discute os cenários que se apresentam e deixa para junho a decisão sobre qual caminho trilhar. “Estamos buscando alternativas, pois a meta do Republicanos é concorrer ao Senado este ano”.
Zacharias Calil (União Brasil)
Deputado federal Zacharias Calil (União Brasil) vai aguardar a divulgação de novas pesquisas sobre intenções de voto para o Senado, então, se posicionar sobre uma eventual candidatura.