Caiado já tem apoio de 12 partidos para conquistar mais um mandato
Ampla aliança garante ao governador maior tempo no rádio e televisão, o que permite aprofundamento do debate e apresentação de propostas: PP, PSD, Pros, Brasil 35 e Republicanos também devem fechar com a base aliada
Helton Lenine
O governador Ronaldo Caiado (UB) começa com o pé direito a pré-campanha às eleições deste ano, quando vai concorrer a reeleição, com uma situação confortável: já acertou o apoio de 12 partidos – União Brasil, MDB, Solidariedade, PRTB, PSC, Avante, PV, Podemos, PTB, Progressistas, Republicanos e PDT.
Até as convenções, em 20 de julho, o governador deverá confirmar alianças também com o PSD, PP, Pros e Brasil 35. O Cidadania também poderá compor com o União Brasil, caso não confirme federação com o PSDB até 31 de maio, já que essa é a posição do vice-governador Lincoln Tejota, que preside o partido no Estado.
A presença de 12 partidos na aliança vai garantir ao governador Ronaldo Caiado maior tempo na propaganda política no rádio e televisão, a partir de agora, o que permitirá o aprofundamento do debate e apresentação de propostas durante a campanha eleitoral.
Daniel Vilela trouxe para a campanha de Caiado 27 dos 28 prefeitos emedebistas (apenas Gustavo Mendanha ficou de fora) e agregou tempo na propaganda política de rádio e televisão, além de retirar da oposição um partido com forte tradição na política goiana.
O palanque de Caiado terá um União Brasil forte, após fusão do DEM e PSL, com lideranças como Delegado Waldir Soares (campeão de votos em 2018), Zacharias Calil e dezenas de prefeitos com prestígio eleitoral.
Também vão caminhar com Caiado os prefeitos Rogério Cruz (Goiânia), do Republicanos; Roberto Naves (Anápolis), do Progressistas; Adib Elias (Catalão), ex- MDB e ex-Podemos. Já estão companheiros de campanha do governador o ex-prefeito e ex-governadoriável Jânio Darrot e o prefeito de Trindade Marden Júnior, ambos do Patriota de Gustavo Mendanha.
O fato é que Ronaldo Caiado conquistou o apoio de partidos sólidos, com estrutura e líderes respeitados. Já a oposição perdeu tais forças. Aqui e ali, alguns membros da aliança poderão eventualmente trocar de lado. Mas, possivelmente, sem condições de configurar perdas substanciais.
Os presidentes Denes Pereira (PRTB), Lucas Vergílio (Solidariedade), Eurípedes do Carmo (PSC), Thialu Guiotti (Avante), Cristiano Cunha (PV), Eduardo Machado (Podemos) e Eduardo Macedo (PTB) resumem a razão do apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado: Goiás está bem administrado e conduzido por um político honesto.
Com a definição das candidaturas a governador (Ronaldo Caiado) e vice-governador (Daniel Vilela), a base aliada governista tem prazo até as convenções partidárias (20 de julho a 5 de agosto) para escolher o nome que irá concorrer ao Senado Federal.
OPOSIÇÃO PULVERIZADA REDUZ AS SUAS JÁ ESCASSAS CHANCES
A oposição vai para a campanha eleitoral de 2022 pulverizada com seis ou sete candidatos, o que significa pouco tempo na propaganda política a cada um deles. O jogo de 2022 será disputado entre os aliados de Ronaldo Caiado e os aliados de Marconi Perillo (PSDB).
Quem opera as oposições hoje não é o ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha (Patriota), e sim Perillo. O ex-governador sofre desgastes eleitorais desde as eleições de 2018, quando perdeu a disputa para o Senado. Marconi terá tempo de propaganda política através do PSDB e Cidadania.
Já Mendanha conta com pouca coisa, já que é apoiado apenas pelos nanicos Patriota, Agir, DC e PMN. O deputado federal Major Vitor Hugo tomou o PL de Gustavo Mendanha e tenta se firmar com o candidato oposicionista competitivo ao governo de Goiás.
Ele tem apoio do presidente Jair Bolsonaro e escolheu até companheiro de chapa: empresário Wilder Morais para senador. A esquerda que gravita em torno do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva – PT, PSB e PC do B – deve lançar o ex-governador José Eliton, tendo o professor Wolmir Amado como vice e a ex-deputada estadual Denise Carvalho como candidata a senadora.