Alta temperatura na Europa: cientistas explicam causas
Os termômetros no continente chegaram a até 50 graus em alguns locais.
O continente Europeu está passando por uma onda de calor nas últimas semanas. O Reino-Unido, na última terça feira (19), atingiu 40,2 graus, a temperatura mais alta da história do país. Na França, a temperatura passou de 40 e em Portugal e na Espanha mais de 100 pessoas morreram por conta da temperatura.
O calor extremo chegou a causar incêndios em países europeus. Na França, mais de 8 mil pessoas foram resgatadas de dois bairros onde ocorriam incêndios, os locais tiveram que ser evacuados. — A fumaça é tóxica. Esta é uma questão de saúde pública — disse o porta-voz do corpo de bombeiros.
Na Espanha, um homem de 50 anos e outro de 60 morreram por conta da insolação. As temperaturas no país chegaram a 42 graus. Um cenário jamais visto antes na Europa. Mas qual a causa disso?
Segundo cientistas, se trata de um fenômeno natural que foi agravado pelas mudanças climáticas. As chamadas “ondas de calor” são concentrações de pressão atmosférica que causam instabilidade no ar, diminuindo assim a umidade relativa e consequentemente a possibilidade de chuva.
No entanto, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), as mudanças climáticas vividas na última década tem impacto direto na gravidade desse aumento de temperatura.
O cientista climático do Met Office (órgão do Reino Unido), Nikos Christidis, afirmou que a possibilidade do calor extremo na Europa aumentou em 10 vezes.
“A mudança climática já influenciou a probabilidade de extremos de temperatura no Reino Unido. As chances de ver 40ºC no Reino Unido podem ser até 10 vezes mais prováveis no clima atual do que sob um clima natural não afetado pela influência humana”