Megaoperação da polícia de Goiás cumpre mais de 500 mandados de prisão em 84 penitenciárias estaduais
PF informou que indivíduos cometeram crimes gravíssimos, como homicídio, latrocínio, roubo, tráfico de drogas, estupro e crime organizado
Por: Suely Carvalho
A força-tarefa da Segurança Pública de Goiás (FTSP-GO) deflagrou uma megaoperação ontem, segunda-feira (17), com ações integrada entre a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC) e Polícia Penal (PP).
Com o objetivo de desarticular organizações e associações criminosas, as ações visam o combate a facções, ao tráfico de drogas e armas, delitos de furto, roubo e receptação de cargas e valores, lavagem e ocultação de bens, direitos e valores, entre outros crimes.
Foram expedidos 549 mandados de prisão cumpridos em 84 presídios do Estado contra detentos do sistema carcerário que cometeram crimes gravíssimos, como homicídio, latrocínio, roubo, tráfico de drogas, estupro e crime organizado.
De acordo com a PF, a megaoperação pode ser considerada a maior do país nesta área.
O delegado Ricardo Duarte da PF explicou que o objetivo da força-tarefa é evitar que detentos que já tenham cumprido sua pena saiam da cadeia, por ainda possuírem mandado de prisão em aberto por outros crimes.
Como por exemplo, no caso de um preso que foi condenado por feminicídio e esteja deixando o presídio por esse delito. O sistema faz uma busca nos bancos de dados estaduais e federais e imediatamente ele acusa se o requerente possui outros mandados em seu nome que não foram cumpridos, para que este seja executado a fim de que o reeducando permaneça mais tempo preso.
“Identificamos reeducandos e foragidos usando nome falso e cometendo crimes”
A Polícia Federal levantou 633 mandados de prisão em aberto em Goiás. Desse total, 549 estão presos e são alvos da segunda etapa da força-tarefa.
Na primeira fase da operação, foram cumpridos mandados somente contra foragidos da Justiça, ou seja, procurados pela polícia que ainda estavam nas ruas, somando 49 detenções.
O levantamento de dados para deflagrar a operação foi feito com base no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Polícia Federal (PF), Diretoria-Geral de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP) e demais sistemas disponíveis. Além do cruzamento de informações e diligências realizadas.
“Na verificação, identificamos reeducandos e foragidos que estão usando nome falso e estão cometendo crimes e colocando em risco a sociedade goiana”, pontuou Duarte.
Já o diretor-geral de administração penitenciária, Josimar Pires, finalizou acrescentando que, “mais de 500 presos que estão encarcerados hoje terão os mandados cumpridos. Eles são presos que poderiam ser soltos por eventuais alvarás de soltura. E a operação reforça o compromisso das forças de segurança em proteger a sociedade e fazer cumprir as sanções judiciais”
Até o fechamento da edição a DGAP não nos informou se todos os mandados foram cumpridos, visto que a operação se prorrogou ao longo do dia.