Goiás Online
Tendência

PT quer cargos estratégicos do governo Lula em Goiás

Presidente do PT em Goiás, Kátia Maria diz que apenas os senadores e deputados federais da base aliada no Congresso Nacional participarão de indicação para cargos no estado

Helton Lenine

A presidente do PT em Goiás, Kátia Maria, afirma que o partido tem interesse em ocupar “cargos estratégicos” do governo Lula no estado. Ela estranhou que deputados federais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestem disposição em manter ou indicar aliados para os cargos federais existentes em Goiás, depois que o PT e a frente ampla conquistaram o poder nas urnas, em 2022.

Ao ser questionada sobre o tema, a dirigente petista defendeu a importância da construção de uma base sólida no Congresso Nacional, mas reforça que não dá para conciliar indicações com discurso de “independência”. E justificou: “É uma tradição fazer essa conversa com quem é da base. Quem for base, está na discussão. Quem não for, não tem jeito. Eu vou pedir cargo na Prefeitura se sou oposição? Não vou”, argumenta a dirigente, que é vereadora em Goiânia, em entrevista ao jornal O Popular.

 Sobre as pretensões do PT goiano, Kátia Maria diz o partido vai atuar para ampliar a base de apoio do governo no estado: “Queremos crescer a base do Lula, mas também queremos ocupar cargos estratégicos. Vai ser feita uma discussão para que se consiga dar a sustentação ao Lula no Congresso, mas também para que o partido fique com espaços que deem essa sustentação no estado. Especialmente naquelas áreas com as quais temos mais afinidades e principalmente porque temos bons quadros.”

Entre as prioridades do PT goiano estão Codevasf, que também interessa o União Brasil do governador Ronaldo Caiado em articulação nacional, Incra, Funasa e Iphan.

Bolsonaristas

A bancada federal iniciou o debate sobre a definição dos ocupantes dos cargos federais em Goiás. Durante sondagem inicial realizada por Flávia Morais (PDT), coordenadora do bloco, chamou a atenção de parlamentares o interesse de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em manter postos na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Glaustin da Fokus (PSC) apontou a intenção na permanência de Volnei Vieira de Freitas na superintendência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Magda Mofatto (PL) está de olho na gerência regional da Agência Nacional de Mineração (ANM), ocupada por Wendell Montanaro Cardoso Mesquita. Zacharias Calil (UB), por sua vez, defende a permanência de Wirley Castro Vargas na gerência executiva de Goiânia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Fez isso após Ismael Alexandrino (PSD) apontar que tinha interesse no cargo. 

Zacharias Calil afirmou ao jornal O Popular que seu trabalho na Câmara é independente. “Você tem de trabalhar de acordo com sua convicção e não por ser Bolsonaro ou Lula. Nas pautas importantes para o Brasil eu estou junto.”

Glaustin da Fokus diz que votará com o governo federal “se for pauta para o Brasil”. “Se for para valorizar PT ou a ideologia do partido eu não vou votar”.

Esfera federal

Na Esplanada dos Ministérios, o PT e aliados já conseguiram ocupar cargos: os ex-deputado federal Elias Vaz (PSB) assumiu a secretaria nacional para Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça: Olavo Noleto (PT) é o secretário-executivo do Ministério das Relações Institucionais; Sérgio Alberto Dias e o chefe de gabinete da secretaria-executiva do ministério de Relações Institucionais.

Iêda Leal (PT) assumiu o cargo de secretária de gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial do inédito Ministério da Igualdade Racial. 

O professor Laerte Guimarães Ferreira Júnior, ex-pró-reitor de Pós-Gradual da Universidade Federal de Goiás (UFG), assumiu a direção de Programas e Bolsas (DPB) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação. O convite foi feito pelo presidente da fundação, Mercedes Bustamante.

O ex-reitor da UFG Edward Madureira (PT), suplente de deputado federal, ex-deputada federal Neyde Aparecida (PT) ex-reitor do IFG Jerônimo Rodrigues (PSB), e o suplente de deputado federal Rodrigo Rosa (PT) são alguns nomes que estão na Casa Civil à espera de nomeações por parte do Palácio do Planalto.

 

 

 

Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo