Nesta quarta-feira (10), foi apresentado um projeto na Câmara Municipal de Goiânia que busca nomear uma praça pública atrás do Centro Cultural Martim Cererê em homenagem à icônica artista brasileira Rita Lee, que faleceu na noite da última segunda-feira, 8 de maio.
A proposta, formalizada pela vereadora Aava Santiago (PSDB), visa atender ao desejo da cantora de ter uma praça com seu nome.
Em suas redes sociais, Aava disse que o local escolhido é o reduto do rock, da cultura independente e da música que resiste e com o nome dela será para sempre símbolo de transgressão, rebeldia, arte em movimento e fortalecimento de mulheres. ”O lugar mais especial e marcante do rock goianiense é o Martim Cererê, e por isso, merece que tenha ao seu lado a ‘Pracinha Rita Lee”’, explicou.
Em entrevista ao Jornal Opção, Aava explicou que a iniciativa é simbólica e representa o pioneirismo da mulher na música brasileira, além de ser ideal por causa da história da cantora e do Martim Cererê.
Rita Lee foi a primeira mulher a usar guitarra elétrica em um show no Brasil e teve suas músicas censuradas durante a ditadura militar. O Centro Cultural Martim Cererê ainda é um espaço onde muitas meninas iniciam no rock inspiradas por ela.
A vereadora também destacou que aprecia muito o trabalho da artista e teve o privilégio de estar presente em seu último show em solo goiano, durante o festival do FICA. “Ela é permanentemente todas as mulheres do mundo, por sua complexidade e nuances”, afirmou a parlamentar.
Martim Cererê
Um dos espaços de maior referência cultural em Goiânia, o Martim Cererê, foi reformado e entregue no início deste mês. O espaço recebeu obras de reparos e revitalização em todo local nos teatros Yguá e Pyguá, com capacidade para 190 e 300 pessoas, respectivamente.
O espaço foi inaugurado em 20 de outubro de 1988, no local de antigos reservatórios de água da Empresa de Saneamento do Estado de Goiás (Saneago) que abasteciam o setor Sul de Goiânia. A unidade possui três teatros: Yguá (“lugar de guardar água” em Xavante); Pyguá (“caverna de água”) e o teatro de arena Ytakuá (buraco na pedra), além de um bar.
Nos últimos anos, o centro cultural foi palco de diversos festivais de música alternativa de Goiânia, como o Vaca Amarela e o Goiânia Noise.
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