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Ministério Público de Goiás identifica fraude em resultado de partida do campeonato goiano

Segundo a operação, os apostadores tentavam cooptar atletas para manipular situações de jogo

O Ministério Público de Goiás encontrou indícios de que jogadores teriam vendido o resultado do primeiro tempo de uma partida do campeonato goiano no início do ano.

Segundo a operação Penalidade Máxima, do MP de Goiás, os apostadores tentavam cooptar atletas para manipular situações de jogo, como receber cartões, cometer pênaltis e conseguir escanteios. No entanto, em ao menos uma partida, a negociação foi mais ampla, com influência direta no resultado.

O confronto entre Goiás e Goiânia, disputado no dia 12 de fevereiro de 2023, pela 10ª rodada do campeonato estadual, é o alvo da investigação. Transcrições de conversas por aplicativos, depósitos bancários e comprovantes de apostas sugerem que o jogo foi armado para terminar com derrota do Goiânia ao fim do primeiro tempo.

A partida, disputada às 10 horas no Estádio da Serrinha, acabou mesmo 2 a 0 para o Goiás, com dois gols marcados na etapa inicial.

Bruno Lopez, apontado pela operação como líder do esquema de manipulação, negocia com Denner Barbosa, jogador com contatos no futebol goiano, mas que na época atuava no Operário de Várzea Grande, time do Mato Grosso do Sul.

Denner sugere que tem um time em Goiás com toda a defesa cooptada e sugere a derrota no primeiro tempo ao apostador. O negócio está fechado e Bruno oferece R$ 10 mil para cada jogador, enviando o comprovante de um depósito de R$ 20 mil na conta de Denner como adiantamento.

No mês passado, o promotor Francisco Cesconeto já havia mencionado a interferência dos apostadores nesse jogo. Dos 16 réus da fase atual da investigação, sete são atletas.

O lateral-esquerdo Marçal, do Botafogo, contou que também foi abordado por um aliciador e o Athlético Paranaense decidiu rescindir o contrato com os jogadores Pedrinho e Bryan Garcia, cujos nomes constam numa planilha de apostadores. O Goiânia declarou que ainda não teve acesso ao processo e espera que as investigações punam quem tenha cometido qualquer crime.

O advogado de Pedrinho disse que ele nunca teve contato com indiciados da operação e está à disposição das autoridades, enquanto a defesa de Bryan Garcia optou por não se pronunciar. O advogado de Bruno Lopez não respondeu às mensagens.

 

*Com informações G1

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