O presidente nacional do União Brasil (UB), deputado federal Luciano Bivar, afirmou que o deputado estadual goiano Amauri Ribeiro, filiado ao partido, tornou-se um “réu confesso” ao admitir que teria ajudado a financiar os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro. Bivar disse ainda que a situação “é tão estapafúrdia que fica difícil de acreditar”. As declarações foram concedidas na quinta-feira (8). Amauri afirma que as declarações foram retiradas de contexto com objetivo de associar sua imagem aos atos criminosos que aconteceram em Brasília.
Bivar destacou que o diretório do UB em Goiás deve investigar em que circunstâncias Amauri estava quando realizou o pronunciamento na Assembleia Legislativa. “Isso é tão absurdo que é difícil acreditar. Acredito que o diretório, presidido pelo governador Ronaldo Caiado, precisa apurar o que realmente aconteceu para saber se isso é verdade e se ele estava consciente”, afirmou ao G1 Goiás.
“Ele mesmo admite que financiou o golpe, estimulou os atos antidemocráticos e se autodenomina um terrorista. É surreal o comportamento de um político. Ele é um réu confesso e, se os órgãos institucionais estão investigando as pessoas que contribuíram para esses atos e ele admitiu ter ajudado, certamente ele deve enfrentar as consequências legais”, disse ainda Bivar.
A polêmica começou quando Amauri disse na Tribuna da Assembleia que: “Eu ajudei a bancar quem estava lá […]. Eu ajudei, levei comida, levei água, dei dinheiro. Podem me prender, sou um bandido, um terrorista, um canalha, na visão de vocês”.
O deputado divulgou uma nota em que afirma que “as doações de pequenas quantidades de água e alimentos foram feitas até 31 de dezembro para pais, mães, avós e crianças que nunca cometeram nenhum crime e estavam lutando por seu país. Esse fato não tem relação alguma com os atos de vandalismo que ocorreram em Brasília”.
Veja a nota do deputado estadual Amauri Ribeiro na íntegra:
O deputado estadual Amauri Ribeiro esclarece que as suas falas foram retiradas de contexto com o claro e evidente objetivo de associar sua imagem aos atos criminosos que aconteceram em Brasília (08/01).
Como tem sido enfatizado em suas falas, o deputado destaca que é preciso separar em dois momentos os fatos que aconteceram no Brasil depois do resultado das últimas eleições.
1) amplamente divulgado pela mídia, as manifestações, em sua grande maioria, foram realizadas de forma pacífica por patriotas que permaneceram acampados na porta de quarteis e não cometeram nenhum tipo de crime. Pessoas que estavam ali exercendo o direito fundamental à livre manifestação previsto na nossa constituição.
2) sobre os crimes cometidos em Brasília, Amauri Ribeiro enfatiza que sempre condenou e pediu punição para aqueles que cometeram atos de violência e depredação. Da mesma forma, o deputado destaca que aquelas pessoas que não cometeram nenhum tipo de crime e estão presas até hoje sejam soltas imediatamente.
Sobre a doação de pequena quantidade de água e alimentos aos patriotas, elas foram feitas até o dia 31 de dezembro para pais de família, mães, avós, crianças, que nunca cometeram nenhum crime e estavam ali lutando por seu país. Esse fato não tem nenhuma relação com os atos de vandalismo que aconteceram em Brasília.
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