O promotor de Justiça Fernando Krebs, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), solicitou à Polícia Civil que investigue a suposta falsificação de uma carta escrita por detentos do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. A carta, apresentada pela Pastoral Carcerária de Goiás, denunciava maus-tratos e torturas dentro de presídios goianos. Após análises, peritos da Polícia Técnico-Científica concluíram que as assinaturas dos detentos podem ter sido falsificadas.
A carta, datada de dezembro de 2021, trazia relatos de violência e agressões sofridas pelos detentos, atribuídas a policiais penais em presídios. Segundo o promotor, o documento foi encaminhado a órgãos competentes, como o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil, buscando apoio e denunciando a situação.
Após suspeitas de falsificação, o promotor solicitou à Polícia Técnico-Científica a realização de um exame grafoscópico para analisar as assinaturas presentes na carta. O laudo pericial de 34 páginas concluiu que 49 nomes foram escritos por uma única pessoa. Diante desses indícios, o promotor apresentou um requerimento para abertura de inquérito policial.
O promotor ressaltou que tentou obter informações adicionais junto à Pastoral Carcerária, como a carta original, mas não obteve sucesso. Ele destacou que as denúncias contidas no documento foram o motivo para a abertura de um inquérito civil público e também para a apuração por parte do Conselho Nacional de Justiça. Agora, as autoridades buscam identificar quem falsificou as assinaturas e por qual motivo.
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