Boom de lucratividade: Aluguéis de compactos lideram na região metropolitana em 2023
Goiânia se destaca com o maior retorno para aluguel acumulado em 2023 no Brasil. A valorização dos imóveis e os novos lançamentos nas regiões valorizadas contribuem para esse cenário
A região metropolitana de Goiânia desponta como a de maior rentabilidade para aluguel acumulado de 2023 no Brasil, segundo levantamento da FipeZap. Os dados apontam uma valorização expressiva de 37,92% nos últimos 12 meses, tornando o investimento em imóveis para locação na região da capital goiana um negócio cada vez mais atraente. Nesse cenários os aluguéis de compacto sem destacam.
Essa alta valorização tem sua origem nos lançamentos imobiliários que estão sendo feitos nas regiões mais valorizadas da cidade, como os setores Oeste, Marista e Bueno, segundo Gyselle Campos, diretora comercial da URBS Aluga, uma das três maiores imobiliárias da região centro-oeste do Brasil. “Essa permanência é decorrente aos lançamentos que estão sendo feitos nas regiões mais valorizadas da cidade. As incorporadoras têm tido um cuidado maior na criação dos projetos mais modernos que integram a vida cotidiana da pessoa próxima a sua moradia”, comenta Campos.
Marieta Costa, que há 2 anos comprou um imóvel em Aparecida, reforça a satisfação dos investidores: “Estou muito feliz com a minha decisão. Poder investir em um imóvel para aluguel nesta região foi uma ótima escolha”, disse ao explicar que, desde que comprou não ficou com o imóvel vazio. “Tivemos dois inquilinos e nunca ficamos o imóvel vazio.Vale bastante a pena”, explicou.
Apesar da alta valorização, Goiânia e a sua região metropolitana ainda figuram entre as quatro cidades com o menor preço médio de locação residencial, com um valor de R$ 32,59/m², atrás apenas de Fortaleza, Porto Alegre e Salvador.
O aluguel vai subir?
Quando falamos em reajuste de aluguel, é natural que a preocupação sobre um possível aumento apareça. Contudo, Gyselle assegura que isso é uma ocorrência comum, vinculada à lei de oferta e demanda. “Os inquilinos devem compreender que o mercado imobiliário funciona com base na lei de oferta e demanda. Quanto maior a demanda em uma determinada área, maior será a sua valorização”, desta maneira ela explicou que, se alguém possui um imóvel localizado em uma região com estruturas que melhoram a qualidade de vida, é evidente que o valor por metro quadrado será valorizado nesse período.”
É recomendável mudar de imóvel?
A especialista adverte que aqueles que pretendem mudar de residência neste momento devem considerar diversos fatores, incluindo o aluguel que estão pagando atualmente e o custo total da mudança. “Os inquilinos devem analisar o que estão pagando atualmente e as facilidades que o local atual oferece, em comparação com os custos de logística e o custo de desocupar o imóvel. Ao comparar estas informações com o valor atual do mercado imobiliário, eles podem determinar se é vantajoso ou não mudar de residência”, acrescenta a diretora comercial.
Imóveis compactos
Paralelamente à ascensão de Goiânia, o mercado imobiliário brasileiro apresenta uma tendência em 2023: o crescimento do aluguel de apartamentos compactos. A mudança na legislação urbanística, somada à queda do mercado de ações, tornou os imóveis um investimento seguro e atrativo, especialmente os de menor tamanho, que apresentam maior liquidez.
Germana Lara, arquiteta experiente, explica que “quando disponibilizam um imóvel para aluguel, os menores são mais interessantes, porque eles têm mais liquidez”, disse ao acrescentar que grande parte dos investidores que escolhem esses imóveis já observam a possibilidade de alugar por temporadas, em aplicativos que possibilitam isso.
De acordo com um levantamento do QuintoAndar, no início da pandemia, 51% dos imóveis alugados tinham três ou mais quartos. Em 2023, esse percentual caiu, e os apartamentos maiores corresponderam a apenas 38% do volume alugado na região metropolitana de Goiânia nos quatro primeiros meses do ano.
Para Lara, os apartamentos compactos não só otimizam o espaço disponível, mas também oferecem conforto e funcionalidade. “É um tipo de imóvel que é preciso trabalhar muito bem a setorização para guardar o acervo do proprietário e trabalhar com mobiliários, por exemplo, um layout mais fluido. Então, nesse caso, o menos é mais”, ressalta a arquiteta.
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