No Centro-Oeste brasileiro, Goiás emergiu como líder na geração de empregos no campo durante o primeiro semestre deste ano. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o estado superou seus vizinhos com saldo positivo de 9.855 vagas formais, fruto de 50.945 contratações frente a 41.090 desligamentos.
Goiás deixou para trás Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que registraram saldos de 8.347 e 5.352 vagas, respectivamente. A economia goiana se beneficiou fortemente do crescimento das lavouras temporárias, que responderam por 7.443 empregos formais e do suporte à agricultura e pecuária, que acrescentou outros 2.360 postos de trabalho.
Essa transformação econômica é mais bem ilustrada por personagens como Maria Clara Almeida, 24 anos, uma jovem mãe que encontrou uma nova carreira na crescente indústria do cultivo de cana-de-açúcar. Com 2.827 vagas criadas somente neste setor, Maria Clara agora tem um emprego estável que permite sustentar sua família.
Lucas Mendonça Costa, 33, um técnico agrícola de Goiânia, se beneficiou das oportunidades nas atividades de apoio à agricultura e à pecuária. Sua experiência e habilidades são agora valorizadas, pois ele tem um papel ativo na melhoria da produção agrícola e pecuária do estado. Ele foi contratado por uma agroindústria e se mudou para Rio Verde.
Outro goiano, Joaquim Pontes, 40, após 10 anos de subemprego, finalmente encontrou um trabalho formal no setor de lavouras, um dos pilares do crescimento do emprego em Goiás. “Estou muito satisfeito com essa conquista. Eu já desacreditava que era possível”, explicou.
Este progresso também é refletido nas palavras do Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, e de Rodrigo Vieira, um proeminente empregador no setor agrícola goiano. Rezende destaca um crescimento de 8,6% no número de pessoas empregadas com carteira assinada no campo em Goiás, elevando o total para 124.861. “Este crescimento impressionante ilustra a força econômica e social do agronegócio goiano para todo o país. Mais pessoas trabalhando no campo significam mais desenvolvimento e mais dignidade”, afirma.
Vieira, que contratou dezenas de novos funcionários para sua fazenda de pecuária, reitera: “Estamos orgulhosos de poder contribuir para a economia de nosso estado e para o bem-estar de nossa comunidade.” O empregador revelou ainda que a expectativa é que o setor continue crescendo e que mais vagas de emprego sejam geradas.
Para entender mais:
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), criado pela Lei nº 4.923/65, é um registro contínuo e obrigatório de contratações e dispensas de trabalhadores sob a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Funciona como um indicador do desempenho de parte da economia real do país e é amplamente usado em estudos, pesquisas, projetos e programas tanto em esferas privadas quanto governamentais, inclusive para o Seguro-Desemprego.
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