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Felipe Gabriel muda versão sobre homicídio do sogro, em Goiânia

Ele afirmou que, no dia do crime, estava no bairro da farmácia quando sua namorada, Kennia Yanka Silva Leão, o ameaçou

Felipe Gabriel Jardim Gonçalves, ex-servidor público de 26 anos, apresentou contradições sobre o assassinato de seu sogro, João do Rosário Leão, policial civil aposentado de 63 anos. O crime ocorreu em 27 de junho de 2022, em uma farmácia no Setor Bueno, Goiânia, propriedade das filhas da vítima.

Felipe Gabriel, durante a audiência de instrução e julgamento, alterou sua versão sobre os eventos que levaram ao homicídio. Ele afirmou que, no dia do crime, estava no bairro da farmácia quando sua namorada, Kennia Yanka Silva Leão, o ameaçou. Em resposta, ele entrou na farmácia e, durante um surto, atirou no sogro, alegando que João era uma figura intimidadora e o ameaçava. 

A versão contrasta com a defesa inicial, que argumentou que Felipe Gabriel teve uma crise psicótica após descobrir, através de sua namorada, que seu pai havia registrado um boletim de ocorrência. Esse registro foi devido a um disparo feito por Felipe na residência do policial aposentado, resultado de um conflito entre os três. A defesa também mencionou que o estado de Felipe foi exacerbado pelo uso de medicamentos não prescritos, fornecidos pela namorada durante o relacionamento.

Um exame de insanidade mental, realizado em junho de 2023, concluiu que Felipe Gabriel tinha plena capacidade de compreender a gravidade de seus atos no momento do crime. O laudo, emitido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), identificou um transtorno, mas não o suficiente para comprometer seu discernimento.

Durante o depoimento ao juiz Antônio Fernandes de Oliveira, Felipe Gabriel não conseguiu esclarecer sua presença perto da farmácia no dia do crime. Ele insinuou que foi coincidência e que agiu impulsivamente após ouvir ameaças.

A acusação acredita que o crime foi premeditado. Além disso, o porte de arma de Felipe no dia levantou mais dúvidas. Ele afirmou que possuía a arma legalmente e a usava apenas para treinamento em um clube de tiro. No entanto, admitiu que a arma estava no carro no dia anterior ao crime.

Após o depoimento, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e a defesa terão um prazo para apresentar suas alegações finais. A decisão sobre levar o caso a júri popular será tomada posteriormente.

Felipe Gabriel já foi condenado por ameaça e violência psicológica contra Kennia Yanka. Ele está preso desde 29 de junho de 2022.

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