Os servidores administrativos da rede municipal da educação de Goiânia entraram em greve nesta segunda-feira (2/10). A paralisação já havia sido anunciada na semana passada e foi mantida após falta de acordo com Paço Municipal.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego), entraram em greve os trabalhadores administrativos das unidades. Pelo menos um Cmei está fechado e outros estão com horários reduzidos. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e reajuste salarial.
A decisão vai de encontro com a visão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), que afirmou na última terça-feira (26), em breve coletiva de imprensa, não acreditar na necessidade de greve dos servidores da educação. Entretanto, a decisão de decretar a greve foi tomada em Assembleia da categoria realizada na última sexta-feira (29), após várias tentativas de diálogo com o Paço Municipal.
Ainda de acordo com o sindicato, os servidores que entraram em greve atuam nas áreas da limpeza, portaria e auxiliar de sala e secretaria. “As crianças do município de Goiânia, graças à morosidade da prefeitura vão ficar sem alimentação, sem salas e banheiros limpos, sem porteiros/as, sem auxiliares na secretária e também nas salas de aula”, disse o sindicato.
Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria Municipal de Educação informou à gestão municipal que trabalha para garantir atendimento aos estudantes de Goiânia e segue dialogando com os servidores administrativos.
Confira a nota na íntegra:
A Prefeitura de Goiânia esclarece que a valorização dos profissionais é uma prioridade da gestão, e avalia com responsabilidade fiscal, orçamentária e técnica as demandas apresentadas pelos profissionais administrativos da educação, e segue em diálogo com a categoria.
O município esclarece que, em decorrência da queda dos repasses do governo federal, as projeções apontam menor arrecadação dos municípios em todo país, o que prejudica o equilíbrio financeiro, além de impactar no limite prudencial de despesa com pessoal estabelecido em lei.
A atual gestão garante direitos adquiridos dos servidores, e investiu na criação do auxílio locomoção de R$300, quitação de três data-base, pagamento da folha dentro do mês trabalhado e chamamento de aprovados no concurso. Além disso, uma comissão foi criada para reformular o plano de carreira da categoria.
A gestão municipal reforça a importância do trabalho desenvolvido por todos servidores, e avalia que uma paralisação pode afetar estudantes, interferindo no processo de ensino-aprendizagem no momento em que estão recuperando as aprendizagens perdidas na pandemia, e suas famílias, que dependem do acolhimento das unidades de ensino para que possam desenvolver suas atividades diárias.
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