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Doença misteriosa deixa 106 estudantes paralisados no Quênia

Profissionais de saúde não sabem dizer o que está por trás dos sintomas, mas enviaram amostras de sangue e urina para laboratório em todo país; assista o vídeo

Autoridades da cidade de Kakamega, no Quênia, estão investigando a causa de uma doença misteriosa que deixou 106 meninas de uma escola secundária com as pernas paralisadas.

De acordo com a mídia local, os profissionais de saúde não sabem dizer o que está por trás dos sintomas, mas enviaram amostras de sangue e urina para laboratórios no Quênia. Segundo Bernard Wesonga, que atua na Comissão Executiva Principal (CEC) de Saúde do condado de Kakamega, algumas das estudantes estão “respondendo positivamente à medicação”, enquanto outras ainda estão sob cuidados médicos.

A origem do quadro ainda não foi identificada, e as principais hipóteses são a transmissão de uma doença desconhecida ou um episódio de histeria generalizada. Todas as vítimas são garotas que estudam na escola St. Theresa ‘s Eregi, a cerca de 370 km de Nairobi, na capital do Quênia.

Reprodução Twitter

Exames não encontraram causa

Vídeos mostrando as estudantes com as pernas paralisadas começaram a circular na internet na última segunda-feria (2/10). De acordo com as autoridades de saúde do país, os primeiros exames não encontraram infecções. Foram realizados exames de sangue, urina e fezes.

Testes preliminares revelaram que as alunas tinham eletrólitos elevados. Uma enfermeira que não está autorizada a falar em nome da instituição disse que a condição leva à perda de líquidos. Alguns especialistas, por outro lado, duvidam da doença, sugerindo que pode ser um caso de “histeria em massa”.

Um quadro de histeria coletiva, ou em massa, se caracteriza como um fenômeno sociopsicológico que se manifesta quando um grupo de pessoas passa a apresentar um comportamento, ou sintomas, conjunta e simultaneamente, quase sempre perdendo a capacidade de discernimento e a consciência.

Outros ainda sugeriram que os sintomas se assemelham aos da síndrome de Guillain-Barré, uma condição que danifica os nervos e pode causar paralisia nos braços, pernas ou rosto, além de dor intensa.

No entanto, ao serem internadas no hospital, elas conseguiram melhorar rapidamente. O secretário acredita que a saúde mental das estudantes esteja abaladapela chegada do período de provas.

*Agência O Globo

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