Em recente delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou à Polícia Federal (PF) ter obedecido ordens ao participar da articulação para falsificar cartões de vacinação contra a Covid-19.
Segundo as investigações, em dezembro de 2022, registros fraudulentos foram inseridos no sistema do Ministério da Saúde em nome de Bolsonaro e da filha caçula do ex-presidente.
O portal UOL divulgou nesta segunda-feira (23) que, na mesma delação premiada, Cid teria mencionado Bolsonaro como o mandante do registro falso. Essa afirmação contradiz a versão de Bolsonaro, que afirmou à PF desconhecer o ocorrido.
A Polícia Federal agora está em busca de evidências que corroborem as declarações de Cid. O ex-ajudante de ordens, que foi detido preventivamente e atualmente está em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica desde setembro, prestou tais informações como parte das medidas cautelares.
Em resposta às acusações, a defesa de Jair Bolsonaro nega qualquer envolvimento no caso. Aliados do ex-presidente mantêm sua confiança em Mauro Cid, apesar dos novos detalhes revelados na delação do militar. A estratégia é evitar confrontar as versões do ex-ajudante de ordens e classificar as notícias como “suposições”.
Segundo interlocutores, Bolsonaro alega que não tinha tempo para lidar com assuntos operacionais ou execução de tarefas, e que assessores como Cid tinham suas próprias responsabilidades e autonomia para tomar decisões.
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