Após criticar a Lei, Eduardo Costa gravará DVD com quase R$ 1 milhão em recurso da Rouanet
No passado, o sertanejo chegou a dizer que a lei de incentivo à cultura servia a artistas, atores e jornalistas "safados" que, segundo ele, queriam "mamar nas tetas" do governo federal
O cantor sertanejo Eduardo Costa foi autorizado a captar R$ 996,5 mil até dezembro, via Lei Rouanet, para gravar um DVD com uma orquestra de violões, violas e instrumentos de sopro em homenagem à música tradicional de Minas Gerais. No passado, o sertanejo chegou a dizer que a lei de incentivo à cultura servia a artista, atores e jornalistas “safados” que, segundo ele, queriam “mamar nas tetas” do governo federal.
”Quem quiser ganhar dinheiro agora, vai caçar um serviço. vai capinar um lote, vai bater uma laje, vai caçar o que fazer. Acabou a mamata, a safadeza. Dinheiro de Lei Rouanet nunca mais” afirmou ele, durante campanha para o então candidato Jair Bolsonaro. ”Esses artistas, atores, bando de jornalista safado que fica querendo mamar nas tetas do governo, acabou a mamata, a safadeza”.
As informações foram reveladas pelo jornal “Metrópoles” e confirmadas pelo O Globo pelo portal de transparência da Rouanet, que expõe o status da proposta como “encaminhado para inclusão em portaria de autorização para captação de recursos”.
Quem é o proponente responsável pela captação?
A empresa Churrasco, Cerveja e Viola, a C.C.V. Eventos, foi a proponente do projeto, intitulado “Eduardo Costa – O instrumentista e as modas de violas de Minas”. A companhia pertence a Leandro Restino de Souza Porto, sócio de Edson Vander da Costa Batista, o Eduardo Costa, em outra empresa. Um documento com a anuência do cantor foi anexado à proposta.
O proponente ressalta que o objetivo da produção é “a gravação de um DVD com canções caipiras em homenagem à música de raiz sertaneja, que tradicionalmente se tornou um símbolo da vida cotidiana do homem do campo, dos tropeiros e faz parte de uma rica história contada em versos e prosas no estado de Minas Gerais”. O repertório será escolhido após a captação, diz o projeto.
A ideia é gravar o DVD em dois shows em Belo Horizonte e, ao fim das etapas de mixagem e masterização, realizar a “distribuição em bibliotecas públicas de Belo Horizonte e cidades da região metropolitana e atender aos apreciadores da música sertaneja raiz que é ao mesmo tempo um público da terceira idade e ao mesmo tempo um número expressivo de jovens que têm como referência a mineiridade das canções caipiras e suas diversas histórias”, segundo a proposta.
*Agência O Globo
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