Com registro pela Anvisa, os repelentes de tomada são fortes aliados no combate ao mosquito do Aedes Aegypti. No atual período de epidemia, enfrentado pelo país, este produto se tornou ainda mais popular e frequente na casa de muitas famílias brasileiras. Mas os especialistas alertam: é preciso ter cuidado para combater a dengue sem prejudicar a saúde.
Em entrevista ao portal Metrópoles, o médico toxicologista e patologista clínico, Alvaro Pulchinelli, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), o uso de repelentes de parede pode trazer alguns efeitos colaterais.
Estes produtos liberam, de forma constante, odores desagradáveis ao mosquito, o que evita a entrada deles no cômodo. Em sua maioria, são produzidos a partir de compostos de piretróides, um inseticida sintético, adaptado com substâncias encontradas nos crisântemos, tudo para manter os insetos longe dos ambientes. No entanto, esse componente pode causar alergias aos humanos.
Segundo Pulchinelli, algumas pessoas tendem a apresentar irritações na pele, na garganta, problemas respiratórios ou até mesmo quadros de tosse e espirro ao entrar em contato com os compostos, mesmo que em menores quantidades. “Crianças, idosos e indivíduos com sensibilidades pré-existentes podem ser ainda mais suscetíveis a esses efeitos”, afirma.
A recomendação médica é manter os ambientes ventilados e deixar o produto sempre próximo a portas e janelas. A Anvisa alerta, ainda, que o equipamento pode ser usado em qualquer ambiente, desde que mantido a, pelo menos, dois metros de distância das pessoas. No caso de uso noturno, durante o sono, a referência deve ser a distância da cabeceira da cama até a tomada, completa o presidente da SBPC/ML.
“Mantendo a ventilação, se evita o risco de exposição excessiva. Além disso, devemos seguir as instruções do fabricante em relação à quantidade de tempo que o repelente pode ficar ligado. Em geral, ele deve ficar de 8 a 12 horas na tomada”, explica Pulchinelli.
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