Brasil

Lula minimiza tensão com Congresso Nacional

Declaração foi dada em meio a uma elevação dos atritos, especialmente entre Arthur Lira e o responsável pela articulação política do Planalto, Alexandre Padilha

Presidente afirmou que todas as pautas do governo serão aprovadas e que impasses no Legislativo são uma “situação normal” da política. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou haver atritos do governo com o Congresso e afirmou nesta terça-feira (23) que a situação na articulação política é de “muita tranquilidade”. Em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, o petista disse que não há divergência que não possa ser superada e que teve uma conversa reservada com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no último fim de semana.

“Qual é a briga com o Congresso? A briga é o normal da divergência política, em um Congresso Nacional que tem mais partidos políticos, que têm programas diferentes […]. Então, eu estou convencido de que nós estamos numa situação de muita tranquilidade na relação com o Congresso Nacional”, assegurou Lula, acrescentando que os projetos em tramitação deverão ser acordados, “na medida do possível”, com a participação dos líderes do governo, dos ministros da pauta de interesse e dos ministros da articulação política.

A declaração foi dada em meio a uma elevação das  tensões, especialmente entre Arthur Lira e o responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha. Recentemente, o presidente da Câmara insultou publicamente Padilha e o presidente Lula chegou a dar uma declaração em defesa do auxiliar.

 Reforma ministerial é descartada

O presidente da República não deu detalhes sobre a conversa com Arthur Lira, mas descartou uma reforma ministerial. “Não tem nenhuma divergência que não possa ser superada. Se não tivesse divergência, não haveria necessidade de a gente viver sob três poderes distintos, autônomos, cada um é dono do seu nariz”, afirmou.

Um dos próximos desafios do governo é com a regulamentação da reforma tributária. Na segunda-feira (22), Lula e a equipe econômica fecharam a proposta final e caberá aos presidentes da Câmara e do Senado a indicação do relator dos textos.

Da Redação com agências

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