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Especialistas detalham que a escolha do nome é estratégica e vai além de relacionamento político

Legendas analisam quais os melhores perfis para ocupar a vaga de vice na disputa para prefeito em Goiânia

Por Fernanda Cappellesso

 

À medida que Goiânia se encaminha para as eleições municipais de 2024, previstas para 6 de outubro, o ambiente político na cidade aquece com a definição dos pré-candidatos à prefeitura. Esta etapa marca uma fase crucial onde cada pré-candidato e seus respectivos partidos se empenham em solidificar suas estratégias e formar alianças, visando maximizar suas possibilidades eleitorais.

Os pré-candidatos já conhecidos incluem figuras políticas que buscam não apenas firmar suas posições, mas também moldar as expectativas para a seleção de seus vice-prefeitos, um elemento ainda indefinido e que será decisivo para as futuras coligações. Cada pré-candidato parece buscar um equilíbrio entre a necessidade de alinhamento político e a atração de diferentes segmentos do eleitorado.

Entre os nomes destacados estão Rogério Cruz, atual prefeito e candidato à reeleição pelo partido Solidariedade, que inicialmente foi eleito vice-prefeito e assumiu a prefeitura após o falecimento do então prefeito Maguito Vilela, em janeiro de 2021. Cruz, com uma carreira diversificada que inclui gestão pública e radiodifusão, além de ser pastor evangélico, reflete um perfil político consolidado na administração municipal atual.

Vanderlan Cardoso, senador pelo PSD e ex-prefeito de Senador Canedo, também é pré-candidato e traz uma forte influência do setor empresarial. Cardoso, conhecido por suas gestões anteriores e tentativa de retorno ao Paço Municipal, enfatiza um compromisso contínuo com as necessidades de Goiânia, mirando uma gestão que equilibre desenvolvimento econômico e atenção social.

Outros pré-candidatos notáveis incluem Adriana Accorsi, deputada federal pelo PT, com um forte background em defesa social e direitos da criança e adolescente; Leonardo Rizzo, empresário e candidato pelo Novo, focado em gestão eficiente e transparente; e Gustavo Gayer, deputado federal pelo PL e influenciador digital, que tenta novamente uma posição no executivo municipal.

Estes pré-candidatos estão atualmente envolvidos em uma série de negociações e reuniões estratégicas, onde o foco está em alavancar apoios e estabelecer plataformas que ressoem com as preocupações e aspirações dos eleitores goianienses. A escolha dos vices e a formação final das chapas serão cruciais e estão previstas para serem decididas entre 20 de julho e 5 de agosto, antes do registro oficial das candidaturas e do início efetivo das campanhas.

RELAÇÃO DOS PRÉ-CANDIDATOS E SEUS VICES

Rogério Cruz (SD): Em busca de reeleição, o atual prefeito Rogério Cruz mantém sigilo sobre seu vice. “A escolha será feita com cautela, buscando alguém que complemente e amplie a capacidade de nossa gestão”, explica a coordenação da campanha. Especialistas apontam que a decisão será crucial para fortalecer a base de apoio de Cruz.

Vanderlan Cardoso (PSD): O senador e pré-candidato Vanderlan Cardoso enfatiza a importância de um vice ativo. “Não queremos um vice decorativo, mas sim alguém comprometido com a governança”, declara uma fonte próxima ao senador. A possibilidade de uma chapa pura ainda é considerada, visando manter a coesão ideológica dentro do partido.

Adriana Accorsi (PT): A deputada federal Adriana Accorsi conversa com outros partidos para formar uma coligação robusta. “O vice precisa não apenas compartilhar, mas também ampliar nossa visão progressista”, afirma Accorsi. Analistas políticos veem essa escolha como fundamental para atrair um espectro mais amplo de eleitores.

Gustavo Gayer (PL): Conhecido por suas posturas, o deputado federal Gustavo Gayer busca um vice que reforce suas propostas de campanha. “Estamos à procura de alguém que traga equilíbrio e inovação para a equipe”, diz o coordenador da campanha de Gayer.

Sandro Mabel (UB): Como presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Sandro Mabel considera essencial ter um vice com forte influência política e empresarial. “O objetivo é unir forças para transformar Goiânia”, relata Mabel.

Matheus Ribeiro (PSDB): O jornalista Matheus Ribeiro, que entrou recentemente na política, procura por um vice que ofereça tanto experiência quanto um frescor de novas ideias. “Queremos alguém que represente renovação, mas com substância”, comenta sua equipe.

Leonardo Rizzo (Novo): O empresário e pré-candidato pelo Novo, Leonardo Rizzo, destaca a transparência e a eficiência como pilares de sua campanha. “O vice deve estar alinhado com o objetivo de uma gestão limpa e eficaz”, enfatiza Rizzo.

Escolha dos vices ultrapassa critérios políticos 

A escolha dos candidatos a vice-prefeito na corrida eleitoral em Goiânia está sendo analisada de perto por especialistas, que destacam a complexidade e a importância estratégica desse processo. Luana Costa, cientista social, ressalta que a escolha de um vice-prefeito envolve mais do que apenas critérios políticos.

“Os pré-candidatos precisam escolher vices que não apenas completem suas habilidades, mas que também se conectem com diferentes grupos sociais da cidade”, afirma Costa. Ela observa que essa conexão social é fundamental para atrair eleitores de diversos segmentos, incluindo jovens, mulheres, minorias e trabalhadores.

“A capacidade de um vice de representar e entender as demandas desses grupos pode ser decisiva para o sucesso eleitoral”, acrescenta. Costa enfatiza que uma escolha estratégica de vice-prefeito pode ampliar o alcance da campanha e fortalecer a base de apoio nas urnas, potencialmente influenciando o resultado final da eleição.

Mateus Souza, analista político, destaca a importância das articulações partidárias na escolha dos vices. “Estamos vendo uma mistura de táticas pragmáticas e aspirações ideológicas. Os pré-candidatos querem alguém que fortaleça suas propostas, mas que também seja palatável para as bases eleitorais e os grupos de interesse”, analisa Souza.

Ele observa que as alianças partidárias e a escolha do vice são processos interligados, onde cada movimento é calculado para maximizar o apoio político e minimizar a resistência interna.

“Um vice bem escolhido pode trazer não apenas votos, mas também legitimidade e apoio institucional, crucial para governar com eficácia após as eleições”, comenta Souza. Ele também destaca que a habilidade dos pré-candidatos de equilibrar suas próprias agendas com as expectativas dos eleitores é um fator chave no sucesso das suas campanhas.

A escolha dos vices na eleição municipal de Goiânia é um processo multifacetado, onde critérios políticos e sociais se entrelaçam. Luana Costa e Mateus Souza concordam que a escolha estratégica dos vices pode ser um diferencial decisivo na corrida eleitoral. A capacidade de se conectar com diferentes grupos sociais e articular alianças partidárias eficazes será crucial para os pré-candidatos que buscam conquistar a prefeitura e governar com sucesso.

 

 

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