“Padrão Caiado de gestão”: o que significa essa proposta de Leandro para Aparecida
Candidato da base governista recorre a um argumento poderoso e original para conquistar votos entre o eleitorado aparecidense
Ao falar na animada convenção de partidos que oficializou a sua candidatura a prefeito, o ex-deputado federal Leandro Vilela apresentou um resumo das suas propostas para Aparecida, mas chamou atenção especial ao dizer que pretende implantar na prefeitura, caso eleito, o “padrão Caiado de governo”.
Foi esse o item da fala de Leandro que mais gerou comentários, inclusive nas redes sociais. Geralmente, discursos de candidatos nas convenções que antecedem as campanhas costumam ser mais elaborados e usados para transmitir mensagens de conteúdo para o eleitorado. Não foi diferente no caso do representante da base governista em Aparecida. Ele mencionou, por exemplo, dois compromissos de peso para uma futura gestão: concluir a pavimentação das vias públicas de todos os bairros e garantir vagas nas creches da Educação Infantil para todas as crianças com até 6 anos de idade.
Ambas essas metas, de fato, são de muita consistência civilizatória, qual seja, interferem com as condições de vida da população de uma maneira crucial – ao buscar equiparação com os países mais avançados do mundo em quesitos que têm repercussão direta para as famílias, universalmente falando.
Mas Leandro Vilela foi mais adiante ao prometer a introdução do “padrão Caiado de governo” na prefeitura. O que significa isso?
Simples: basta observar como o governador Ronaldo Caiado toca a sua gestão, com uma equipe escolhida por critérios técnicos de qualidade profissional acima das indicações políticas, com depuração das políticas públicas mediante os interesses coletivos apenas, com o rigoroso combate à corrupção e, finalmente, com a máxima eficiência em todas as áreas de atuação da máquina pública, desde o atendimento das demandas mínimas em balcão até as estratégicas globais de crescimento econômico e desenvolvimento social.
Não à toa, todos os institutos de pesquisas de Goiás e os de maior credibilidade do País constataram que Caiado tem a maior aprovação dentre todos os governadores brasileiros. Nenhum inquilino do Palácio das Esmeraldas chegou algum dia a um desempenho tão brilhante. Nem Iris Rezende, nem Maguito Vilela, nem Marconi Perillo.
São muitas as explicações: a redução drástica da criminalidade, os êxitos na economia, o ajuste fiscal da estrutura administrativa estadual, a abrangência das políticas sociais e, sem dúvidas, a permanente repercussão da biografia imaculada do governador, construída ao longo de praticamente 40 anos de vida pública, e intransigência com a irresponsabilidade e a corrupção.
Da soma de tudo isso, saltou um político assertivo, que não joga para a plateia e se reveste de uma autenticidade raramente vista entre aqueles que transitam pelo palco das grandes decisões em Goiás e no Brasil, tudo isso levando à definição de um “modo Caiado de governar” – exatamente como dito por Leandro Vilela ao explicitar as suas metas para a Prefeitura de Aparecida.
“Função do governante é fazer o bem, não perseguir pessoas”
Em evento que oficializou o nome de Leandro Vilela como candidato à Prefeitura de Aparecida pelo MDB, o governador Ronaldo Caiado criticou o uso da máquina pública para perseguir e retaliar adversários políticos. A alusão, é claro, atingiu em cheio o prefeito Vilmar Mariano, que implantou na prefeitura aparecidense um ambiente de terror com a demissão diária de secretários e até funcionários humildes por ligação com o ex-prefeito Gustavo Mendanha e até com o próprio governador.
Para Caiado, o gestor, quando chega à prefeitura, ao governo ou à presidência, tem de estar comprometido com o bem-estar da população, com o desenvolvimento da cidade, do Estado ou do país, e jamais empenhado em perseguir pessoas. “Vocês acham que um cidadão, que chega na Prefeitura de Aparecida, ou no governo do Estado, ele deveria estar preocupado em melhorar a vida das pessoas, mas perseguir copeira? Pensem bem”, disse em tom de indignação, se referindo ao caso de uma copeira da prefeitura demitida na semana passada pelo atual prefeito Vilmar Mariano.
Secretários e funcionários comissionados são o alvo da onda de exonerações. Na semana da convenção do PL que recebeu o apoio de Vilmar Mariano para o Professor Alcides, o prefeito não poupou a sua assinatura. Mais de 100 dispensas teriam acontecido. O caso citado por Caiado foi o da copeira Lucimar Nunes, que servia água e cafezinho durante as audiências do chefe do Executivo aparecidense. Ela foi jogada na rua.
Nos últimos dias, motivado, segundo Mendanha, pela frustração de não ter o nome viabilizado para disputar a reeleição, Vilmar Mariano, que foi vice do emedebista e o sucedeu em abril de 2022, promoveu uma verdadeira “caça às bruxas”, numa clara demonstração de retaliação ao grupo político de Mendanha e Leandro Vilela.
Caiado aproveitou para esclarecer que a opção pelo nome de Leandro Vilela, em detrimento do atual prefeito, se deu para evitar o risco de derrota nas eleições de outubro próximo, já que Vilmar não conseguiu se viabilizar eleitoralmente para a disputa.
“O acerto foi feito na presença de todos. O trato é que ele teria 40 dias para provar, para recuperar sua credibilidade junto à população. Ele teve 60 dias. Foi feita pesquisa e o adversário só avançando. Portanto, foi um compromisso firmado. Ninguém impediu candidatura, nós impedimos uma derrota, porque o povo de Aparecida não quer mais ser governado por aquele que está lá, essa é a verdade”, explicou Caiado.
Caiado reafirmou que dedicará todo apoio a Leandro Vilela, visando, sobretudo, a manutenção do legado deixado por Maguito e continuado por Gustavo Mendanha. Para o governador, o povo não quer e Aparecida não irá permitir o retrocesso. Segundo ele, a eleição do emedebista garantirá a manutenção dos avanços conquistados nos últimos anos.
“O Leandro sendo prefeito é o avanço da água tratada, do esgoto, da Educação, da segurança. É a oportunidade de emprego para as pessoas no novo distrito industrial, da mãe ter ali a creche para as crianças que não têm, é uma condição de dignidade nos bairros”, enumerou Caiado.
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