Funcionárias de transportadora em Aparecida de Goiânia são indiciadas por desvio de mais de R$ 1 milhão
A Polícia Civil de Goiás indicia duas colaboradoras sob acusação de furto qualificado, após um esquema envolvendo contas fraudulentas que prejudicou financeiramente a empresa
A Polícia Civil de Goiás indiciou duas funcionárias de uma transportadora em Aparecida de Goiânia por furto qualificado com abuso de confiança. Elas são suspeitas de desviar mais de R$ 1 milhão em pagamentos de frete de clientes da empresa. O caso foi divulgado na segunda-feira (2) e chocou a comunidade local.
Segundo as investigações, as suspeitas, identificadas como Adriele Arcanjo Canela e Giselly Maria Pereira Barbosa, criaram contas bancárias digitais em nome da empresa e do proprietário, facilitando o desvio dos valores. Para obter o acesso, enganaram o proprietário pedindo liberação de sua identificação facial sob o pretexto de realizar atualizações nos aplicativos de frete.
O golpe, iniciado enquanto as acusadas trabalhavam no setor administrativo, resultou em uma crise financeira grave para a transportadora, que precisou reduzir sua equipe de 12 para apenas três funcionários. O proprietário também teve que retomar atividades como motorista para manter o funcionamento do negócio, cujo faturamento foi reduzido pela metade.
As investigações revelaram que o dinheiro desviado foi utilizado na aquisição de itens de luxo, incluindo televisores, computadores e um caminhão. O esquema foi desmascarado após os proprietários receberem notificações de bancos e lojas sobre contas abertas em seus nomes, das quais não tinham conhecimento.
Uma das principais pistas veio do fato de que os cartões bancários das contas fraudulentas foram enviados diretamente para as residências das suspeitas. Após a quebra do sigilo bancário, a Polícia Civil obteve provas suficientes para o indiciamento das duas. Entretanto, a Justiça negou o pedido de prisão preventiva, permitindo que ambas respondam ao processo em liberdade.
Enquanto a defesa de Adriele Arcanjo Canela afirma que as provas irão demonstrar sua inocência, a defesa de Giselly Maria Pereira Barbosa ainda não se pronunciou. A polícia segue investigando o caso para identificar possíveis outros envolvidos e confirmar se mais recursos foram desviados além do valor já detectado.
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