Quatro pessoas foram indiciadas pela Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) por provocarem incêndios que devastaram mais de 130 hectares na Região Metropolitana de Goiânia. O Parque Lagoa Vargem Bonita, na zona rural da capital, perdeu 100 hectares, enquanto o Parque Serra das Areias, em Aparecida de Goiânia, teve 30 hectares destruídos. Os casos foram encaminhados ao Poder Judiciário neste mês, e a defesa dos envolvidos ainda não foi localizada, segundo informações do g1 Goiás.
A Dema indiciou um casal e dois trabalhadores rurais por violarem o artigo 250 do Código Penal, que trata de crimes de incêndio com risco à vida, integridade física ou patrimônio alheio. A pena varia de 3 a 6 anos de prisão, com possibilidade de aumento em casos específicos. Enquanto o incêndio no Parque Lagoa Vargem Bonita foi classificado como culposo, ou seja, sem intenção, o incêndio no Parque Serra das Areias foi considerado doloso, já que os acusados assumiram o risco de suas ações.
No caso do Parque Lagoa Vargem Bonita, ocorrido em 28 de agosto, dois trabalhadores rurais foram contratados para limpar o terreno de uma chácara e atearam fogo em montes de lixo. No entanto, o fogo se espalhou para a vegetação pública, destruindo 100 hectares. Os dois homens, que são irmãos, explicaram ao delegado Luziano de Carvalho que estavam acostumados a realizar o serviço e que o incêndio foi acidental, causado por um vento forte que alastrou as chamas enquanto almoçavam.
Apesar da ação rápida dos bombeiros, áreas de preservação e lavoura foram destruídas. O delegado apontou que outros moradores da região também têm o hábito de queimar lixo, o que pode ter contribuído para a propagação de práticas perigosas.
Já o incêndio no Parque Serra das Areias, ocorrido em 6 de setembro, foi causado por um casal de namorados que decidiu se desfazer de um colchão queimando-o. Inicialmente, eles negaram envolvimento, mas depois confessaram o ato à polícia. O casal explicou que o colchão estava sujo, pois uma cadela havia dado à luz nele. Segundo o delegado, o homem admitiu que já havia utilizado o local para descartar outros objetos, como um guarda-roupa, utilizando fogo.
O incêndio resultou na destruição de 30 hectares, mas foi contido no mesmo dia pelos bombeiros. Ambos os casos foram finalizados pela polícia e encaminhados à Justiça.
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