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Caiado condena cadeirada de Datena em Marçal: “Deplorável e constrangedor para o Brasil”

Governador de Goiás critica violência no debate à Prefeitura de São Paulo, enquanto especialistas afirmam que agressões como essa desvirtuam o processo democrático e afastam o foco das propostas eleitorais

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), classificou como “deplorável” e “constrangedor para o Brasil no cenário internacional” a agressão física entre o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e o influenciador Pablo Marçal (PRTB) durante um debate à Prefeitura de São Paulo, transmitido pela TV Cultura na noite de domingo (15). A declaração foi dada durante a cerimônia de lançamento de novos serviços do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo), no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, nesta segunda-feira (16).

O episódio ocorreu após Marçal ter chamado Datena de “arregão”, o que culminou em uma agressão física do apresentador, que atingiu o influenciador com uma cadeirada. A cena viralizou rapidamente nas redes sociais, gerando indignação e questionamentos sobre o nível de civilidade nos debates eleitorais.

Caiado expressou sua preocupação com o impacto que o incidente pode ter na imagem do Brasil no exterior, afirmando que a violência entre candidatos é inadmissível e prejudica o processo democrático. “Esse tipo de atitude não cabe no debate democrático. O espaço de discussão política deve servir para a apresentação de ideias e propostas, não para agressões. Quando isso acontece, todos perdem, principalmente o eleitor”, declarou Caiado.

Repercussão e críticas

A postura do governador foi reforçada por outros analistas políticos, que também condenaram a agressão. Segundo o cientista político Marcos Pereira, o episódio “mancha o ambiente eleitoral brasileiro e desvia o foco do que realmente importa, que são as propostas e soluções para a cidade de São Paulo”. Ele apontou que a agressão reflete a polarização e o acirramento dos ânimos no cenário político atual, o que coloca em risco a integridade das campanhas eleitorais.

A politóloga Maria Helena Silveira acrescentou que a situação é ainda mais grave em um debate televisionado, que tem como objetivo auxiliar os eleitores na escolha de seus candidatos. “Um evento como esse só reforça a desconfiança do eleitorado em relação aos políticos. O debate deveria ser um momento de esclarecer dúvidas e trazer propostas, mas o que vimos foi uma demonstração de falta de preparo emocional para lidar com críticas”, afirmou.

 O incidente

Durante o debate, Marçal provocou Datena ao questionar sua seriedade como candidato e relembrou um episódio de assédio sexual que teria envolvido o apresentador no passado. A acusação foi imediatamente rebatida por Datena, que afirmou que o processo foi arquivado após a vítima se retratar publicamente.

Marçal, no entanto, continuou a pressionar o candidato tucano, chamando-o de “arregão” e insinuando que ele teria desistido de outros compromissos políticos anteriormente. Foi nesse momento que Datena, visivelmente irritado, se levantou e atingiu Marçal com uma cadeira. O moderador do debate, Leão Serva, interrompeu a transmissão, classificando o episódio como “um dos eventos mais absurdos da história da televisão brasileira”.

Após o intervalo, foi anunciado que tanto Datena quanto Marçal haviam sido retirados do debate. O apresentador foi expulso devido à agressão física, e Marçal, segundo a produção do evento, deixou o local por estar “se sentindo mal” após o ataque.

O incidente gerou forte repercussão e críticas de diversas lideranças políticas. Além de Ronaldo Caiado, outros políticos de destaque também se manifestaram contra a agressão. A expectativa é que o episódio influencie o comportamento dos candidatos nos próximos debates e tenha um impacto significativo na campanha eleitoral de São Paulo.

 

 

 

 

 

 

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