Cerca de 35% da população mundial sofre de doenças alérgicas respiratórias, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2024, com um período prolongado de seca e baixa umidade no Brasil, as condições para crises alérgicas se agravarão ainda mais, principalmente em regiões que estão há meses sem chuvas.
A combinação de poluição, pólen e ar seco cria um ambiente propício ao aumento de alergias respiratórias, como rinite alérgica e asma, afetando milhões de pessoas. Especialistas alertam que o clima seco pode agravar esses sintomas, tornando a prevenção e o tratamento mais desafiadores.
O diagnóstico de alergias requer uma análise detalhada da história clínica do paciente. É essencial que o indivíduo informe ao especialista sobre seu ambiente de vida e trabalho, exposição a animais, fatores desencadeantes dos sintomas, características das crises e antecedentes familiares de alergias. Os métodos de diagnóstico padrão incluem testes cutâneos, determinação de IgE específico (RAST) e testes de provocação, quando indicados.
“O tratamento das alergias é baseado na identificação dos fatores desencadeantes”, explica Luiz Werber Bandeira, imunologista e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED). “Realizamos diversos exames e testes que são considerados padrão ouro na investigação de um quadro alérgico.”
Bandeira destaca que os tipos mais comuns de alergia são a asma alérgica, rinite alérgica, dermatite atópica e urticária. As variações climáticas, especialmente as baixas temperaturas e o uso de roupas guardadas por longos períodos, que podem conter ácaros e mofo, são fatores que agravam os sintomas alérgicos. “É fundamental lavar essas roupas antes de usá-las e manter os ambientes bem arejados para evitar a proliferação de mofo,” orienta o especialista.
As doenças alérgicas têm um componente genético significativo, ocorrendo frequentemente em famílias. “Um filho de um pai alérgico tem 30% de probabilidade de também ser alérgico, e essa chance aumenta para 50% se ambos os pais forem alérgicos,” explica Bandeira.
Além disso, Bandeira alerta que a incidência de doenças alérgicas está aumentando globalmente, especialmente em centros urbanos, devido à poluição e à perda de biodiversidade. “É crucial que o diagnóstico e o tratamento sejam realizados logo nos primeiros sintomas para evitar a cronicidade e o agravamento das condições alérgicas,” enfatiza o imunologista.
A conscientização e o tratamento precoce são as chaves para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por alergias. Durante a Semana Mundial da Alergia, especialistas reforçam a importância de estar atento aos sintomas e buscar orientação médica adequada, contribuindo para um manejo mais eficaz dessas condições que impactam a saúde de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Leia a nossa edição impressa. Para receber as notícias do Diário de Aparecida em primeira mão entre em um dos nossos grupos de WhatsApp