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Furtos de energia em Aparecida de Goiânia cresceram 75,46% em 2024

Ação entre Equatorial e forças policiais resulta em três pessoas presas na cidade

Por Eduardo Marques

 

As investigações da Equatorial Goiás, em conjunto com as forças policiais do Estado, apertaram o cerco contra o consumo irregular de energia em território goiano neste ano. A empresa revelou ao Diário de Aparecida que a quantidade de fiscalizações contra o furto do serviço em Aparecida de Goiânia saltou de 1.133 ações realizadas de janeiro a setembro de 2023 para 1.988 no mesmo período de 2024, um aumento de 75,46%. Neste ano, três pessoas foram presas sob suspeita de praticar o crime no município.

No Estado, esse tipo de fiscalização aumentou 109,95% neste ano em relação a 2023. O número de pessoas envolvidas presas também seguiu o mesmo caminho em Goiás, passando de 108 para 115 prisões, uma alta de 6,5%. O combate às fraudes e furtos nas redes de distribuição abrange todo o Estado de Goiás e conta com o apoio estratégico das polícias Civil, Científica e Militar. O volume maior de prisões em 2024 foi registrado em Goiânia, Rio Verde, Águas Lindas, Itumbiara e Itaberaí. Em 2023, as cidades com mais prisões foram Goiânia, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Anápolis e Caldas Novas.

“Temos alcançado resultados cada vez mais assertivos e notamos uma crescente conscientização da comunidade, que vem contribuindo com denúncias de irregularidades. Esses crimes impactam diretamente a população, gerando impactos na tarifa, riscos à segurança e comprometendo a qualidade da energia”, destaca o executivo de Segurança Empresarial da Equatorial Goiás, Johnathan Costa. Em 2023, em fiscalizações realizadas pela Equatorial Goiás, quase 200 mil estabelecimentos e imóveis foram inspecionados e, em 35% dos casos, foi constatado furto de energia, ou seja, em 70 mil unidades consumidoras. Mais da metade das regularizações feitas pela concessionária no ano passado foi concentrada nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Águas Lindas, Valparaíso, Luziânia, Itumbiara e Rio Verde.

Criminosos estão sujeitos a multas

O furto de energia, conhecido popularmente como “gato”, é um crime sujeito a pena de reclusão e multa, com impactos que vão além das questões legais. A prática afeta diretamente a qualidade do fornecimento de energia e coloca em risco a segurança da comunidade, podendo resultar em acidentes graves, especialmente para aqueles que manipulam a rede elétrica sem a qualificação adequada. “A adulteração de medidores de energia, por exemplo, representa um risco significativo, principalmente quando realizada por pessoas sem capacitação técnica e sem os cuidados necessários. Essa prática não apenas coloca em risco a vida de quem a executa, mas também compromete a integridade do sistema elétrico como um todo”, afirma Johnathan Costa.

O gerente de Serviço Técnico Comercial da Equatorial Goiás, Pabllo Barbosa, pontua que as ligações irregulares sobrecarregam a rede elétrica, aumentando o risco de curtos-circuitos, que, por sua vez, podem causar interrupções no fornecimento de energia. “Isso prejudica não apenas aqueles que realizam tais ligações, mas também os clientes regulares da companhia, comprometendo a qualidade do serviço prestado.”

Denúncia

Pabllo ressalta que a população pode ajudar a combater o crime de furto de energia. “Os clientes da Equatorial Goiás podem e devem ajudar a companhia no combate às fraudes e furtos de energia por meio de denúncias na Central de Atendimento da companhia – 0800 062 0196. Não é necessário se identificar”, reforça.

Repressão das autoridades em casos no município

Um ex-funcionário de uma empresa de energia elétrica foi preso em flagrante no dia 9 de outubro em Aparecida de Goiânia, sob suspeita de furtar energia em sua residência e distribuidora de bebidas. A prisão ocorreu após denúncia anônima indicar que ele havia feito uma ligação clandestina – o conhecido “gato”. A Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) e a concessionária Equatorial confirmaram a prática.

A investigação começou no dia 18 de setembro, quando policiais civis, em resposta a uma denúncia, foram à casa do investigado e constataram que o medidor de energia estava queimado. A denúncia também apontava que o homem oferecia serviços para fazer ligações clandestinas em outras cidades de Goiás. Na ocasião, apesar da constatação do crime, ele não foi detido, pois aguardava-se o laudo pericial. No retorno ao local, em 7 de outubro, as autoridades identificaram uma nova ligação direta, desta vez sem medidor, comprovando o furto. O homem foi detido pela equipe da 1ª Delegacia de Aparecida de Goiânia.

 

 

 

 

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