A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (25) a Operação Discalculia, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa suspeita de desvio de cota parlamentar e falsificação de documentos para criação de uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Entre os investigados estão o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e alguns de seus assessores.
A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mobilizou cerca de 60 policiais federais para cumprir 19 mandados de busca e apreensão. As operações ocorrem em endereços de Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Goiânia (GO) e Aparecida de Goiânia (GO). De acordo com as investigações, valores da cota parlamentar do deputado teriam sido desviados para a Oscip criada com documentos falsificados.
A PF afirma que o nome da operação faz referência ao transtorno de aprendizagem em matemática, “Discalculia”, porque foi identificada uma falsificação na ata da Assembleia de constituição da Oscip, datada de 2003, em que o quadro social original teria sido composto por crianças com idades entre 1 e 9 anos.
Após a deflagração da operação, Gayer publicou um vídeo em suas redes sociais responsabilizando o ministro Alexandre de Moraes, do STF, pela medida de busca e apreensão. Ele também criticou a PF, referindo-se aos agentes como “jagunços de ditador”.
Além de desvio de cota parlamentar, a operação investiga outros crimes, incluindo associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.
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