O secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, foi preso nesta quarta-feira (27) durante uma operação conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Além dele, o secretário executivo e o diretor financeiro da pasta também foram detidos. Segundo os promotores, os três são investigados por suposta associação criminosa e concessão de vantagens indevidas em contratos administrativos.
De acordo com o MP-GO, as práticas ilegais resultaram na desordem na ordem cronológica de pagamentos, causando prejuízo ao erário público. Esse cenário, segundo os promotores, agravou a crise enfrentada pela rede pública de saúde, que já vinha apresentando falhas significativas. Entre os principais impactos, destacam-se a falta de insumos, interrupção de serviços essenciais e limitações no acesso a leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), resultando em mortes de pacientes à espera de vagas.
A operação revelou ainda que R$ 20.085,00 em espécie foram encontrados na posse de um dos investigados, reforçando as suspeitas de irregularidades financeiras.
A investigação também trouxe à tona os efeitos do esquema sobre entidades vinculadas à Secretaria de Saúde. Um dos exemplos citados é a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que enfrenta uma dívida acumulada de R$ 121,8 milhões. Em agosto, as maternidades Dona Íris, Nascer Cidadão e Célia Câmara chegaram a suspender atendimentos por conta do atraso nos repasses, mantendo apenas os procedimentos eletivos.
Prefeitura promete colaborar com apurações
Em nota oficial, a Prefeitura de Goiânia afirmou que “está colaborando plenamente com as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás”. Não foram apresentados detalhes adicionais sobre as medidas internas adotadas ou o impacto direto da prisão do secretário e dos outros envolvidos nas operações da pasta.
O caso segue em apuração pelo MP-GO, que investiga o alcance dos danos causados pelo esquema e suas consequências para a saúde pública da capital.
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