Notícias
Tendência

Dívida da Prefeitura de Goiânia bate a casa de R$ 3,4 bilhões

Números foram apresentados pela Comissão de Transição. Só a Comurg deve R$ 2,3 bi

A última reunião da Comissão de Transição da Prefeitura de Goiânia, realizada ontem (7), foi marcada pela apresentação do relatório conclusivo, com as principais informações repassadas pela administração do ex-prefeito Rogério Cruz aos integrantes da gestão do prefeito Sandro Mabel.

O documento aponta que o município acumula uma dívida total de R$ 3.402.356.621,54, sendo R$ 334.528.847,23 contabilizados pela gestão anterior.

Em 91 páginas, o relatório traz um diagnóstico detalhado da situação dos órgãos e entidades da administração municipal. O coordenador da comissão, Paulo Ortegal, adiantou que já estão sendo colhidas assinaturas na ata dos trabalhos da comissão.

“Esse documento acompanha as contas de governo no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), já no final de março, início de abril”, explicou. Para ele, os trabalhos do grupo atenderam às determinações da resolução normativa do TCM.

“Tudo transcorreu dentro da normalidade. Não tivemos maiores problemas. As informações que pedimos à administração anterior foram fornecidas parcialmente, mas o suficiente para elaborarmos esse relatório conclusivo”, afirmou.

Um dos pontos discutidos, destacou Ortegal, foi a inclusão da dívida da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) no relatório final. “Isso foi pacificado, uma vez que já temos uma decisão transitada em julgado, pelo TCM, de que a Comurg é de responsabilidade da prefeitura. Há um acórdão do TCM que reconhece a Comurg como uma estatal dependente”, justificou.

Segundo ele, o prefeito Sandro Mabel deverá procurar o tribunal novamente para tomar as providências previstas em lei. O coordenador agradeceu a colaboração de todos que participaram dos trabalhos.

Representando a gestão anterior, o ex-secretário de Governo Jovair Arantes elogiou a cordialidade e o profissionalismo da Comissão de Transição. Ele também defendeu medidas duras para sanear as contas da Comurg e do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas).

“Fui presidente da Comurg em 1992, e já havia uma dívida grande naquela época, que vem se avolumando. É um paciente terminal, está na UTI há muito tempo e, sem uma intervenção radical, a situação só vai piorar”, afirmou Jovair, observando que as dívidas do Imas também se acumularam.

Dos R$ 3.067.827.774,31 não incluídos nos balanços contábeis, destacam-se faturas pendentes de regularização. Entre elas, somente as maternidades Dona Iris e Nascer Cidadão somam R$ 236,11 milhões.

A maior dívida é da Comurg, com R$ 2,35 bilhões, seguida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com R$ 609 milhões; o Tesouro Municipal, com R$ 300 milhões; o Imas, com R$ 226 milhões; a Secretaria Municipal de Educação (SME), com R$ 60 milhões; a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), com R$ 43 milhões; e a Secretaria Municipal de Administração (Semad), com R$ 30 milhões.

 

 

 

 

 

Leia a nossa edição impressa. Para receber as notícias do Diário de Aparecida em primeira mão entre em um dos nossos grupos de WhatsApp

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo