Se o café é indispensável para começar o dia de muita gente, o custo para manter esse hábito tem ”amargado” o orçamento. Em 2024, o preço do grão acumulou alta de quase 40%, o que garantiu ao café o título de “vilão da inflação” e levou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a ultrapassar o teto da meta. E para 2025, o cenário não parece mais promissor.
Produção menor, preço maior
A colheita brasileira, que já enfrentou dificuldades em 2024 por conta das secas nas principais regiões produtoras, deve ser ainda mais fraca neste ano. Associações de produtores já preveem novos aumentos de preço no primeiro trimestre de 2025, o que pode apertar ainda mais o bolso do consumidor.
Além do Brasil, o Vietnã, outro gigante na produção mundial de café, também enfrenta problemas climáticos. A combinação de menor oferta global e aumento do consumo cria um cenário de pressão nos preços do grão.
Um mercado em crescimento
Enquanto a oferta enfrenta desafios, a demanda pelo café continua crescendo no mundo todo. Na China, por exemplo, o consumo mais do que dobrou nos últimos 10 anos, consolidando o grão como a segunda commodity mais negociada no planeta, atrás apenas do petróleo. Esse apetite global intensifica a pressão sobre os estoques e, consequentemente, no preço final.
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