Nesta quinta-feira (13/2), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Data Change em Goiânia, cumprindo oito mandados de busca e apreensão. A ação tem como alvo suspeitos de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para alterar dados e liberar presos considerados de alta periculosidade.
De acordo com as investigações, os criminosos acessavam os sistemas de execução penal e de mandados de prisão geridos pelo CNJ. Por meio de alterações nos registros, eles conseguiam adiantar as datas para progressão de regime de pena, permitindo que detentos passassem do regime fechado para o semiaberto. Uma vez em liberdade provisória, muitos desses presos rompiam as tornozeleiras eletrônicas e fugiam, tornando-se foragidos da Justiça.
Advogados sob suspeita
A PF suspeita que alguns advogados tenham participado das fraudes, que incluíam a inserção de documentos falsos e a manipulação de informações sobre as penas dos detentos. Entre os beneficiados pelas irregularidades estão condenados a mais de 60 anos de prisão e integrantes de facções criminosas.
Número de casos pode aumentar
Inicialmente, foram identificados 15 processos de execução de penas com indícios de fraude. No entanto, a PF não descarta que esse número cresça à medida que as investigações avançam. A operação ainda está em andamento, e novos desdobramentos podem surgir nos próximos dias.
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