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Josimar Silva, do desenho à pintura, uma celebração às artes plásticas em Aparecida

O artista, que mora em Aparecida, na Cidade Livre, revela a evolução dos seus traços ao longo de quase 40 anos de carreira

O bairro com nome poético e ocupado por trabalhadores, Cidade Livre, em Aparecida de Goiânia, abriga um artista que encontrou nas telas a extensão de sua alma. Josimar Barbosa da Silva, 56 anos, nasceu em Goiânia, mas foi em Aparecida onde fincou suas raízes há 44 anos. Ele considera que suas obras são no estilo clássico, mas é possível perceber em seu trabalho traços de realismo, dos bons, de quem domina a técnica sem expressar subjetividades.

A história de Josimar com a arte começou aos 18 anos, quando os desenhos ganharam vida em suas mãos. Ele conta que descobriu, meio que por acaso, sua capacidade de representar no papel o que seus olhos viam. Foi o início da fase dos desenhos, talvez um passatempo que se tornou uma trajetória artística que nunca mais teve pausa.

Josimar conta que, desde criança, sempre teve um olhar diferenciado para as obras de arte. Sua jornada começou de forma autodidata, observando trabalhos de outros artistas e treinando sozinho no papel. Com o passar do tempo, percebeu que o desenho poderia se expandir para outras técnicas e passou a se dedicar à pintura em tela, migrando para um estilo que ele mesmo define como clássico.

Durante três décadas, além de se dedicar às próprias criações, Josimar compartilhou seu conhecimento com outras pessoas, ministrando aulas de desenho para garantir seu sustento. O trabalho como professor possibilitou que muitas pessoas também pudessem explorar o mundo da arte, ampliando o impacto de sua atuação no cenário cultural local.

Mesmo tendo uma carreira sólida, Josimar levou um bom tempo para ter qualquer tipo de relação com o poder público. Ele manteve sua trajetória de forma independente até conhecer, anos atrás, o então prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha. Mais recentemente, estreitou laços com o ex-prefeito Vilmarzim, ampliando suas oportunidades de reconhecimento e, com algum apoio, levando sua arte para um público maior.

Casado, mas sem filhos, Josimar vive a arte como sua grande missão de vida. Para ele, a pintura não é apenas um ofício, mas uma maneira de enxergar o mundo e transmitir emoções, como no quadro em que pintou sua própria mãe, Júlia Barbosa, de 92 anos, que faleceu recentemente. Ao falar dela e da pintura, a emoção brota em seus olhos e nos olhos dos espectadores da obra, que tem traços firmes, bem delineados e que passam a impressão de uma calma consistente e boa.

Josimar afirma que, sempre que pode, observa a arte de outros artistas, suas técnicas e traços, buscando sempre melhorar seu próprio trabalho, que valoriza a técnica e a tradição capazes de conquistar admiradores e reforçar a importância dos artistas locais na cena cultural goiana.

Hoje, seu trabalho ganha cada vez mais visibilidade, consolidando-o como um dos nomes de destaque das artes visuais em Aparecida de Goiânia. Seu talento, forjado na observação e na prática incansável, é um exemplo de que a arte não tem fronteiras e que o dom, quando cultivado com dedicação, se transforma em legado.

 

 

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