Biblioteca em Aparecida desperta gosto pela leitura

A Escola Municipal Nova Olinda, em Aparecida de Goiânia, está utilizando a biblioteca como ferramenta para incentivar a leitura e promover a alfabetização dos alunos por meio do projeto Passaporte da Leitura.

Segundo o diretor da escola, José Isaías de Sousa Silva, os estudantes são estimulados a ler e a despertar o interesse pelos livros. Ele conta ainda que o projeto de incentivo à leitura tem motivado as crianças a conhecerem diversas obras literárias. O gestor escolar destaca que a metodologia de retirar livros na biblioteca e devolvê-los após a leitura tem feito a diferença, levando os alunos a lerem mais.

“A leitura é o ponto inicial para tudo, tanto para a Matemática quanto para a História e a Geografia, não só para Português. A criança tem que saber interpretar para conseguir atingir os objetivos até das outras disciplinas”, frisa Isaías.

O diretor também destaca a importância de iniciar a leitura desde cedo. “A ludicidade que vem com a leitura para essas crianças faz toda a diferença no futuro. A leitura começa no berçário, com a leitura de imagens, até chegar à leitura e escrita”, explica.

A escola realiza culminância de projetos, onde os alunos recontam histórias na sala de aula. “Focamos muito na leitura com os alunos. A sua escrita é a contextualização, a sistematização daquilo que eles leram”, salienta o diretor.

A biblioteca da escola é um espaço lúdico, com paredes coloridas e um layout inovador para chamar a atenção dos alunos. “A leitura é um projeto incrementado nas aulas, de forma espontânea, não obrigatória. Quando falamos que eles irão à biblioteca, eles ficam esperando com encanto”, comenta o diretor.

A coordenadora pedagógica do colégio no período vespertino, Fabiane Araújo, afirma que o projeto tem transformado a maneira como as crianças interagem com a leitura.

Focado nos anos iniciais do ensino fundamental 1, o projeto Passaporte da Leitura busca desenvolver as potencialidades e habilidades dos alunos por meio do contato constante com os livros. “Trabalhamos muito, principalmente no ensino fundamental 1, nos anos iniciais das crianças, tentando trabalhar as potencialidades e as habilidades que eles mais deixam aflorar”, explica Fabiane.

Com Cantinhos da Leitura implantados em todas as salas de aula e armários recheados de livros literários adequados a cada faixa etária, a escola está determinada a incentivar os alunos a mergulharem no universo da leitura.

Fabiane destaca a importância de apresentar livros com imagens e gravuras, permitindo que as crianças façam recontos de histórias conforme compreendem. “Quando elas começam a adquirir a leitura, a gente já avança nesse processo, oferecendo livros que estão nos níveis delas”, diz.

De acordo com a coordenadora, esse processo gradual visa garantir que os alunos estejam sempre em contato com os livros, sendo essencial para o desenvolvimento de suas habilidades.

Hoje, em um mundo cada vez mais digital, a escola tem trabalhado para assegurar que as crianças mantenham contato físico com as obras impressas. “Os professores incentivam a leitura em sala de aula basicamente todos os dias”, frisa Fabiane.

Além disso, a escola valoriza as habilidades dos alunos, proporcionando diferentes formas de interação com a leitura, tornando-a uma atividade prazerosa e esperada. “Os alunos ficam esperando o dia de ir até a biblioteca, pegar o livrinho deles para levar para casa, para fazer a atividade proposta pela professora ou o projeto proposto pelo professor”, comenta a coordenadora.

O entusiasmo dos alunos reflete o sucesso do projeto, que tem contribuído significativamente para o processo de aprendizagem e para o desenvolvimento intelectual dos estudantes da unidade escolar.

Estudantes compartilham suas experiências com o projeto

A estudante Gabriela Maria Lima de Oliveira, de 10 anos, compartilha sua experiência positiva com o projeto. “Acho esse projeto maravilhoso, porque existem várias crianças que têm dificuldade na leitura e aprendem mais coisas sobre a escrita junto com a leitura”, afirma.

Gabriela destaca a importância da leitura para o seu desenvolvimento acadêmico no futuro. “Gosto muito de ir à escola para estudar, para ter um futuro muito melhor. Ler direitinho vai me ajudar em tudo”, enfatiza a estudante.

Já a aluna Byanca Kassia Teixeira Sá, também de 10 anos, conta que a paixão pela leitura começou cedo. Ela revela como os contos de fada a transportam para um mundo mágico e divertido. “Gosto de ler livros desse estilo. Sinto que entro no mundo de magias, é muito divertido. Tenho essa paixão desde pequena”, afirma Byanca.

O amor pelos livros é evidente quando ela fala sobre seu interesse também pela Língua Portuguesa, uma de suas disciplinas preferidas.

“Queremos formar crianças com senso crítico para a vida”

Especialista em Métodos e Técnicas de Ensino, a pedagoga Elisângela Ferreira Soares, que trabalha na biblioteca do colégio, relata o envolvimento dos estudantes com o projeto e o quanto a iniciativa é importante para formar crianças letradas com pensamento crítico.

“Queremos formar crianças com senso crítico para a vida, para onde elas forem, que consigam se posicionar e saber discernir o que é correto diante das suas ações. É um incentivo à leitura através da biblioteca”, afirma Elisângela.

A pedagoga conta que os alunos gostam bastante do projeto. “Eles são incentivados também pela professora de práticas de leitura, têm bastante interesse e curiosidade pelos temas. Então, é bem envolvente o trabalho”, explica.

Ela frisa a importância de estimular o acesso das crianças aos livros, já que elas têm livre acesso ao celular e à tecnologia atualmente. “Quando nós também proporcionamos a elas a proximidade com os livros, estamos colocando a mesma paridade. Porque aí a criança também tem acesso àquela leitura e desenvolve a curiosidade”, enfatiza Elisângela.

A especialista destaca ainda que a prática constante da leitura ajuda a desenvolver várias habilidades. “Quando os alunos começam a ler bastante, a leitura deles vai se desenvolvendo. E esse desenvolvimento proporciona uma experiência cada vez maior com a literatura, ajudando na alfabetização e formação de leitores”, conclui a pedagoga.

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