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O destino que une história, natureza e compras — a poucas horas do Brasil

O Panamá se consolida como um dos destinos mais versáteis da América Latina para viajantes brasileiros. Localizado no estreito que conecta o Atlântico ao Pacífico, o país, que abriga uma das maiores obras de engenharia da história — o Canal do Panamá —, oferece uma combinação que poucos conseguem reunir: praias caribenhas, florestas tropicais, vida urbana intensa, compras a preços competitivos e experiências culturais únicas.

Além da diversidade, o Panamá tem logística favorável. Cidadãos brasileiros não precisam de visto para entrada, e a conectividade aérea é ampla, com voos diretos saindo de cidades como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Do Brasil, a viagem até a Cidade do Panamá leva, em média, 6 horas.

Economia em expansão e foco no turismo

Dados do Ministério do Turismo do Panamá mostram que, em 2023, o país recebeu mais de 2,5 milhões de visitantes internacionais, número 24% maior que em 2022. O turismo representa hoje cerca de 11,3% do Produto Interno Bruto panamenho, segundo o relatório da Autoridade de Turismo do Panamá (ATP).

A economia dolarizada, aliada a uma política de zonas francas e incentivos fiscais, faz do país também um destino atrativo para negócios, compras e eventos internacionais.

O que fazer no Panamá

Cidade do Panamá: onde o moderno encontra o histórico

A capital é o cartão de visitas. A começar pelo Casco Antiguo, centro histórico tombado pela UNESCO, que mistura arquitetura colonial espanhola, igrejas centenárias e construções modernas. Outro ponto obrigatório é o Canal do Panamá — onde é possível observar, a poucos metros, os gigantescos navios cruzando as eclusas.

O turismo urbano se completa em museus como o Biomuseo, projetado pelo arquiteto Frank Gehry, e nas áreas verdes como o Parque Natural Metropolitano, dentro da cidade.

Na economia, a capital também se destaca. Centros comerciais como Albrook Mall (um dos maiores das Américas), Multiplaza e Metromall são destinos de compras procurados tanto por turistas quanto por comerciantes.

Bocas del Toro: Caribe acessível

O arquipélago de Bocas del Toro, no Caribe panamenho, é reconhecido mundialmente por suas águas cristalinas, resorts sustentáveis e rica vida marinha. De acordo com a ATP, Bocas atrai anualmente mais de 150 mil turistas, principalmente europeus e norte-americanos.

O local combina turismo ecológico — com tours de observação de golfinhos, snorkel e mergulho — com experiências culturais nas comunidades indígenas Naso Tjër Di e Näbe Buglé, que mantêm vivas tradições ancestrais.

Boquete e Tierras Altas: café e natureza

No oeste panamenho, na província de Chiriquí, Boquete oferece um contraste climático: temperaturas que variam entre 14°C e 24°C, favorecidas pela altitude. A cidade é internacionalmente conhecida pela produção do café geisha, considerado um dos mais caros e premiados do mundo. Em 2022, um lote de geisha panamenho foi leiloado por US$ 6.034 o quilo, segundo dados da Specialty Coffee Association.

Além das plantações de café, a região é um polo de ecoturismo, com trilhas que levam ao vulcão Barú, o ponto mais alto do país, a 3.475 metros de altitude.

Riviera do Pacífico e Pedasí: sol e folclore

O litoral do Pacífico, acessível em menos de duas horas da capital, reúne praias como San Carlos, Playa Blanca e Santa Clara, voltadas ao turismo de resorts e esportes náuticos. Pedasí e Playa Venao se destacam pelo surfe, festivais folclóricos e turismo comunitário.

A região de Los Santos é considerada o berço das tradições panamenhas, especialmente pela confecção da pollera, vestido típico reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

Parque Nacional Coiba: biodiversidade marinha

Localizado no Pacífico, o Parque Nacional Coiba é frequentemente comparado às Ilhas Galápagos pela biodiversidade. Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2005, Coiba abriga mais de 800 espécies de peixes, além de tubarões, arraias e tartarugas marinhas. É destino obrigatório para mergulhadores, especialmente entre dezembro e abril, quando a visibilidade é maior.

Compras: da zona franca aos grandes shoppings

O Panamá é também destino consolidado para compras. A Zona Livre de Colón, a maior das Américas e segunda do mundo, movimentou mais de US$ 14 bilhões em 2023, de acordo com dados da Associação de Usuários da ZLC.

Na capital, os shoppings oferecem desde marcas de luxo até outlets. A vantagem cambial (comércio em dólar, sem impostos em muitos produtos) faz com que itens como eletrônicos, roupas e cosméticos sejam até 40% mais baratos do que no Brasil, segundo levantamento da ATP.

Conectividade e acesso

Companhias como Copa Airlines, Avianca e outras operam voos diretos do Brasil. O Aeroporto Internacional de Tocumen é um dos mais modernos da América Latina, com mais de 90 conexões internacionais.

Além disso, o Panamá faz parte da chamada Convenção de Montreal, que regula direitos dos passageiros e facilita processos de conexão, bagagem e assistência.

Um hub turístico e de negócios

A combinação de localização estratégica, segurança, infraestrutura moderna e diversidade cultural transforma o Panamá em um dos hubs turísticos mais relevantes do continente.

Enquanto a cidade oferece centros de negócios, conferências e eventos internacionais, o interior surpreende pela preservação ambiental e autenticidade cultural.

O Panamá é, hoje, mais do que um destino de passagem para quem cruza o Canal. É uma experiência completa — e, para brasileiros, uma viagem internacional que começa a poucas horas de casa.

Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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