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Após queda de 20,9% no diesel, especialista alerta: sem gestão, economia não chega às frota

CEO da Gestran explica como tecnologia e controle podem ampliar os ganhos em meio às oscilações do mercado

Goiânia, 23 de maio de 2025 — A redução acumulada de 20,9% no preço do diesel desde dezembro de 2022 trouxe alívio para transportadoras e empresas que dependem de frotas no país. O último corte, anunciado nesta semana pela Petrobras, diminuiu em R$ 0,17 o valor do diesel A, combustível base que chega às distribuidoras. Com isso, o preço médio nas refinarias recuou 4,6%, passando para R$ 3,55 por litro. Já no diesel B — aquele que chega aos postos com 14% de biodiesel — a parcela da estatal caiu para R$ 3,05.

Apesar da trégua nos custos, especialistas do setor alertam que, sem gestão adequada, o impacto positivo pode não chegar efetivamente ao caixa das empresas.

— É uma excelente notícia, mas redução de preço não se traduz automaticamente em lucro. Para que a economia se materialize no dia a dia, é preciso gestão, estratégia e tecnologia — afirma Paulo Raymundi, CEO da Gestran, empresa especializada em soluções para gestão de frotas.

Economia pode ser engolida por desperdícios

Segundo Raymundi, boa parte das perdas no setor de transporte não vem do preço do combustível, mas de desperdícios operacionais invisíveis. Maus hábitos de condução, falta de manutenção preventiva, desvios de rota e fraudes no abastecimento podem comprometer qualquer benefício trazido pela redução no preço do diesel.

— Sem ferramentas inteligentes, o gestor não enxerga para onde o diesel está indo. E onde não há controle, sobra desperdício — alerta.

Sistemas como o Gestran Combustível permitem monitorar, em tempo real, o abastecimento de cada veículo, além de cruzar dados com o consumo médio esperado por quilômetro rodado. Quando há divergência, o sistema emite alertas automáticos, permitindo que a empresa atue imediatamente na investigação do problema.

— O software não apenas registra onde, quanto e quando foi abastecido, como também detecta inconsistências. Se um caminhão deveria consumir 2,5 km por litro, mas começa a fazer 1,9 km, o sistema dispara um alerta. A partir daí, o gestor verifica se há problema mecânico, desvio de combustível, má condução ou até mesmo adulteração do diesel — explica Raymundi.

Dados geram economia real e poder de negociação

Além de controlar perdas internas, a tecnologia também oferece vantagem competitiva nas negociações com fornecedores de combustível.

— Quem tem dados negocia melhor. Saber exatamente o consumo da frota permite comprar maiores volumes com preço melhor, selecionar os postos com melhor custo-benefício ao longo das rotas e, principalmente, evitar postos que oferecem diesel de baixa qualidade, o que compromete os motores e gera custos muito maiores com manutenção — pontua.

O sistema permite cadastrar previamente os postos autorizados, impedindo que motoristas abasteçam em locais fora dos parâmetros da empresa, seja por preço ou qualidade.

Combustível, gestão e sobrevivência

O custo do diesel é, historicamente, o principal vilão no balanço de empresas de transporte. Dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) indicam que o combustível representa, em média, 35% dos custos operacionais de uma frota de transporte rodoviário no Brasil.

Nesse cenário, reduzir desperdícios se torna uma questão de sobrevivência, principalmente para pequenas e médias transportadoras.

— O preço pode até cair hoje, mas ninguém garante que não suba amanhã. Empresas que adotam gestão automatizada reduzem custos, protegem a frota, aumentam a margem de lucro e estão mais preparadas para enfrentar oscilações do mercado — finaliza o CEO da Gestran.

Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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