Polícia Civil investiga fratura em recém-nascida após teste do pezinho em hospital de Aparecida de Goiânia
Pais da bebê afirmam que lesão surgiu após massagem feita por enfermeiras durante o exame; delegada apura possível erro técnico
A Polícia Civil de Goiás investiga uma suposta lesão sofrida por uma recém-nascida de apenas nove dias durante a realização do teste do pezinho, em um hospital de Aparecida de Goiânia. O exame, feito na última quinta-feira (12), teria causado uma fratura no fêmur da bebê, que nasceu prematura de oito meses. A suspeita é de que a criança tenha sido vítima de inabilidade técnica por parte das profissionais responsáveis pelo procedimento.
O caso foi denunciado pelos pais da bebê na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia, na segunda-feira (16). Segundo relataram, a recém-nascida começou a apresentar sinais de dor e uma mancha roxa na perna esquerda na noite seguinte à realização do teste. Preocupados com o choro intenso e os sinais de hematoma, os pais procuraram atendimento em duas unidades de saúde distintas, onde a fratura foi confirmada.
De acordo com a delegada Sayonara Lemgruber, titular da DPCA, a mãe da criança contou em depoimento que permaneceu ao lado da filha durante todo o exame. Ela estranhou o fato de as enfermeiras, após dificuldades na coleta de sangue, realizarem uma massagem na perna da bebê. “A princípio, apuramos a possibilidade de lesão corporal culposa, mas ainda será necessário ouvir diversas pessoas e apurar se houve negligência ou falta de habilidade técnica por parte das profissionais”, explicou a delegada.
Os pais da recém-nascida moram no estado do Tocantins e estavam em Goiás exclusivamente para o parto, realizado em Goiânia. A criança, agora com o fêmur imobilizado por uma botinha de gesso, segue sob cuidados médicos. As identidades dos envolvidos não foram divulgadas, e a investigação segue em andamento.
