O Hospital Estadual de Trindade – Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), unidade do Governo de Goiás, realizou sua quarta captação de órgãos para transplante. Nesta etapa, foram doados rins e córneas, que beneficiarão pacientes que aguardam na lista do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
O doador era um homem de 64 anos, que teve morte encefálica confirmada conforme os protocolos legais. Com a autorização da família, a doação possibilita a chance de uma nova vida para outras pessoas.
Captação de órgãos
Todo o processo contou com o apoio das equipes da Central Estadual de Transplantes (CET), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e da Fundação Banco de Olhos de Goiás (Fubog) juntamente com a equipe do hospital.
A abordagem às famílias é feita por uma equipe multidisciplinar da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da unidade. A comissão é composta por profissionais do serviço social, psicologia, enfermagem, equipe médica e outros setores fundamentais para viabilizar a captação.
Segundo Pollyana Bueno, presidente da CIHDOTT e gerente assistencial do Hetrin, a atuação da comissão é essencial para garantir um processo ético e humanizado.
“A doação de órgãos é um gesto de generosidade que transforma vidas. Aqui no Hetrin, nossa missão é garantir que esse processo ocorra com ética, respeito e acolhimento às famílias. A CIHDOTT tem um papel fundamental nesse cenário, promovendo a sensibilização, o cuidado humanizado e a articulação entre as equipes envolvidas na captação. Cada doação representa a esperança de um recomeço para quem está na fila de espera, e somos gratos às famílias que, mesmo em um momento de dor, escolhem salvar outras vidas”, afirma.
Doação de órgãos
A doação de órgãos após morte encefálica só é realizada com a autorização dos familiares. Por isso, é importante que o desejo de se tornar doador seja comunicado previamente às pessoas mais próximas.
A posição do paciente na fila para transplante é determinada por critérios técnicos, como compatibilidade, idade, doenças associadas e grau de urgência. A avaliação é feita pela equipe médica responsável, sempre com o conhecimento do receptor.
Quem regula a fila é o Sistema Único de Saúde (SUS) e os órgãos doados vão para pacientes que aguardam na fila nacional única, controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.