Empresas e motoristas do transporte coletivo fecham acordo e evitam paralisação
Audiência de conciliação foi mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho

Após intensas rodadas de negociação e mediação da Justiça do Trabalho, o Sindicato das Empresas de Transporte Público Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana (SET) e o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sindicoletivo) chegaram a um acordo que põe fim ao impasse trabalhista e assegura a continuidade da operação do transporte coletivo na capital e nos municípios da região metropolitana.
O consenso foi alcançado durante audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18), com a presença da desembargadora Iara Teixeira Rios, do juiz auxiliar da presidência do tribunal, Rodrigo de Silveira, e do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT/PRT-18), Alpiniano Lopes. A proposta final, apresentada pelo MPT, foi aceita por ambas as partes após reuniões conduzidas pela Justiça.
O acordo firmado prevê reajuste salarial de 6,5%, sendo 1,64% de aumento real, além de 7% de aumento no vale-alimentação. O pagamento das diferenças será feito de forma retroativa, parcelado em quatro vezes, com início no mês seguinte à assinatura do documento.
Também está garantida a entrega de cesta básica a todos os motoristas, incluindo os que estiverem em licença médica ou que forem desligados até 15 de outubro de 2025. O fornecimento de uniformes completos – três camisas com botão (duas de manga longa) e duas calças – está previsto na convenção da categoria. Além disso, profissionais em pré-aposentadoria terão estabilidade de 24 meses.
O presidente do SET, Adriano Oliveira, avaliou positivamente o desfecho das negociações. “Foi uma solução boa para todos. Valeram a pena as reuniões, pois conseguimos chegar a um acordo que contempla os interesses dos trabalhadores, das empresas, do poder público e, principalmente, dos usuários do sistema, que não serão prejudicados com paralisações”, afirmou.
Oliveira também destacou o momento de transformação que o transporte público da Região Metropolitana de Goiânia vive. “Uma greve teria impacto enorme. A atuação da Justiça do Trabalho foi decisiva, com uma mediação justa e equilibrada, e o Ministério Público do Trabalho foi essencial ao propor um caminho viável para o consenso”, completou.