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Goiano comercializa chocolate com ‘cogumelo mágico’

Especialistas dizem que venda de cogumelo não é legalizada pela Anvisa

Uma reportagem da Uol Tab, publicada na tarde desta terça-feira, 21 de março, conta a historia de um empreendedor goiano,  Pedro Guedes, 37, que produz   chocolate, cápsulas e produtos desidratados contendo Psilocybe cubensis, conhecido como “cogumelo mágico”, que possui a substância psilocibina. A empresa de Pedro se chama Microdosagem. 

O empreendedor contou ainda que há muita demanda para o produto. Eles comercializam  a microdosagem , que tem até três cápsulas, de 150 miligramas cada uma; e macrodosagens, procuradas por quem busca uma sensação mais intensa.  Ele destaca que, entre os clientes, há quem busque os cogumelos para fins recreativos ou terapêuticos. 

A loja fica no Setor Sul, no coração de Goiânia, no mesmo local onde funciona o escritório de advocacia do pai dele. O estoque fica refrigerado, abaixo de 0ºC, numa sala sem muita claridade. No freezer, há compartimentos para os chocolates, os frascos com as cápsulas e uns pacotes brancos, com cogumelos desidratados. Guedes e seu sócio cultivam  cogumelos em uma estufa e fazem os produtos.

Antes, ele já trabalhou com importação de máquinas de construção e investiu no mercado de criptomoedas, entre outras atividades. Decidiu se aventurar no consumo e no mercado de derivados dos cogumelos mágicos por volta de meados de 2019, depois de experimentar e imaginar um futuro para o produto relacionando-o à saúde mental. 

 O empresário explica que o mercado anda aquecido,  porque atualmente há diversos estudos investigando o potencial dos psicodélicos para tratar ansiedadedepressão e dependência química, entre outros quadros.  No Brasil, os estudos estão concentrados na UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). No fim de maio de 2022, o laboratório da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), na Paraíba, foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para realizar um estudo pioneiro com a psilocibina para fins medicinais. 

A  Anvisa por sua vez destaca que psilocibina está na lista de “substâncias entorpecentes, precursoras, psicotrópicas e outras sob controle especial”  que são proibidas  no Brasil. “A referida espécie não se enquadra como cogumelo comestível, insumo farmacêutico ou medicamento, razão pela qual não cabe a atuação fiscalizatória da Anvisa.” Entra, então, na Lei de Drogas

Para a mesma matéria, o advogado Matteus Jacarandá, explicou que cogumelo propriamente não é proibido. “A legalidade do fungo em si existe, o controle é apenas da substância isolada, psilocibina”, afirma o diretor jurídico da associação Curando Ivo, que atende pacientes com diferentes doenças que buscam a cannabis medicinal.

“Nos esporos do cogumelo não há psilocina e psilocibina, gerando uma ‘zona cinzenta’ quanto ao porte dos mesmos e, consequentemente, a comercialização ou transporte de esporos não constitui uma infração”, acrescenta o advogado criminalista Jamil Issy Neto, especialista na Lei de Drogas.

(Com informações da Uol)







Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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