Aparecida

Um município que não atende as demandas dos moradores

A data da comemoração dos 99 anos da fundação de Aparecida e de abertura das comemorações do Centenário chegou. A efeméride é oportuna para uma avaliação lúcida sobre a situação atual do município e os desafios que se colocam para o seu desenvolvimento social e econômico.
Os pioneiros, no passado, imaginaram que a semente por eles plantada devolveria um dia frutos que beneficiariam a todos os que já viviam na nascente comunidade e seus descendentes e também àqueles que por opção para cá viriam. O propósito, sem dúvidas, foi a garantia de que as conquistas civilizatórias seriam alcançadas com mais facilidade dentro de um contexto de cidade autônoma e independente – não apenas mais um a mais entre os municípios goianos, na época.
Tanto tempo depois, qual é a realidade de Aparecida? Ainda falta muito por fazer. Dezenas de bairros não contam com o asfalto que evita doenças e dá mais conforto para a vida cotidiana; entre 7 e 10 mil crianças não conseguem vagas nos Cmei’s que ministram a preciosa Educação Infantil e, o que é muito pior, milhares de famílias passam fome, enfrentando o drama da Insegurança Alimentar, que consiste em não saber hoje o que se terá na mesa do almoço amanhã.
A atual gestão aparecidense, a cargo do primeiro prefeito nascido na cidade, ainda não justificou a que veio. Gustavo Mendanha teve um 1º mandato em que não conseguiu fixar marcas ou realizar obras capazes de concorrer com antecessores do porte de Maguito Vilela e Ademir Menezes, esses, sim, administradores que conquistaram um lugar na história pelo dinamismo e volume de ações a favor da população.
O 2º mandato de Mendanha, em andamento, não permite, por enquanto, qualquer prognóstico de que avançará além do pouco que foi feito no 1º. Não é possível que ele pretenda chegar de mãos vazias à data do Centenário, em 2022. Precisa reagir, superar os problemas pessoais e aproveitar a hora para se afirmar e mostrar serviço. Antes que seja tarde demais e os 100 anos se transformem, para Aparecida, em um marco de desolação, tal como agora os 99.
Esta Edição Especial do Diário de Aparecida faz um apanhado sobre os grandes problemas que pressionam a vida das aparecidenses e dos aparecidenses, em pleno século 21, alguns há décadas. Parte segue ignorada pela administração municipal, que não reage às demandas da população e sobrevive mergulhada em politicagem, inoperância e desperdício de recursos, como se poderá ver nas reportagens a seguir.

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