Brasil

Cinco goianos que ganham com o retorno de Lula

Da Redação

O jornalista Nilson Gomes acha que nada vai mudar na política de Goiás com a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, ao anular os processos que levaram às condenações e consequente inelegibilidade do ex-presidente Lula. Mas, a seguir, não sem uma boa dose da sua irreverência e ironia, ele aponta alguns políticos goianos que tendem a ser “beneficiados” com o retorno do petista às disputas eleitorais, provavelmente como candidato a presidente da República em 2022.

OS BENEFICIÁRIOS DO LULISMO

HENRIQUE MEIRELLES

Presidiu o Banco Central nos mandatos de Lula. Sendo candidato majoritário (governador ou vice, senador ou suplente), Meirelles pode desfrutar de eventual simpatia dos lulistas. Diz o bloco que simpatia é quase amor. Ou 100% ódio: após servir ao petista, Meirelles foi ministro de quem derrubou Dilma Rousseff e agora é secretário de João Dória, inimigo do PT em São Paulo.

 JOÃO DE DEUS

O médium foi abandonado pelos famosos a quem atendia, entre políticos, artistas e ministros do STF. Xuxa é só um exemplo. Mas Lula nunca o negou. São unha e cutícula. Quando Hugo Chávez adoeceu do câncer que o mataria Lula, recomendou-lhe um especialista brasileiro: João de Deus. As dezenas de acusações de estupro, com a Globo repetindo programas sobre o assunto, não afastaram o líder político do líder religioso. 

MARCONI PERILLO

Fica escudado no fato de Lula ter sido presidiário para rebater outro fato, o de que Marconi também foi preso. Se um ex-hóspede da Polícia Federal quer ser presidente, por que outro ex-hóspede da mesma PF não pode ser governador? 

RUBENS OTONI 

Eleito por um beiço de pulga em 2018, foi beneficiado pela mudança feita pelo STF na divisão dos votos que sobram (uma conta que poucos entendem e que não vale a pena explicar). Pela regra então vigente, ganharia Gean Carlo, de Itaberaí. Pela novidade do Supremo, deu Otoni. O caso continua pendente de julgamento no STF. Com Lula candidato, Otoni terá mais portas abertas. 

SANDRO MABEL 

Era um dos compradores de apoios para Lula no Congresso, segundo denúncia de um colega. A prática resultou no Escândalo do Mensalão, de triste memória. Quem revelou a participação de Mabel e teve coragem de falar em público foi a professora Raquel Teixeira, então deputada federal: Mabel teria lhe oferecido R$ 1 milhão e mesada de R$ 50 mil (há uma década e meia). Julgado na Câmara, Mabel foi absolvido por falta de provas. Mabel é siamês com Michel Temer, foi ministro sem pasta em seu governo interino, mas nunca abriu o bico sobre Lula (a Lei da Delação Premiada viria apenas em 2013). É, portanto, visto pelo petista como de confiança.

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