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Gustavo Gayer tem pedido de porte de arma negado pela Justiça e é intimado pela PGR

Parlamentar acusa professores de perseguição contra ele e sua família.

No cenário de conflitos com professores em Goiás, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) teve seu pedido de porte de arma indeferido pela Justiça Federal do DF, alegando ameaças de morte. Ao mesmo tempo, o parlamentar enfrenta intimação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para prestar esclarecimentos sobre acusações recebidas.

Eleito sob a plataforma bolsonarista, Gayer é alvo de críticas de professores goianos, que o acusam de promover perseguição à categoria desde o início de seu mandato. Em maio, professores organizaram um grupo no Whatsapp denominado “Grupo contra a censura” para protestar contra ações do deputado.

O ambiente digital se tornou palco de confrontos entre apoiadores do parlamentar e professores, gerando tensões. Alegando ameaças, Gayer apresentou capturas de tela ao afirmar que seu veículo foi depredado e registrou boletim de ocorrência contra um suplente de deputado.

Com base no incidente, o deputado requereu à Polícia Federal autorização para portar arma de fogo, alegando riscos à sua vida e de sua família. O pedido foi negado pelo delegado responsável, alegando falta de provas suficientes.

Buscando garantir o porte até o julgamento do caso, Gayer solicitou liminar, indeferida pelo juiz em julho. Na decisão, o magistrado argumentou a ausência de comprovação da necessidade do porte, sem evidências de riscos iminentes à integridade física do parlamentar.

Diante da recusa, o Ministério Público emitiu parecer em novembro, reiterando a negativa ao porte de arma. O órgão destacou que Gayer é atirador desportivo e já possui uma pistola, garantindo sua segurança residencial.

 

Intimação pela PGR e Desdobramentos

Simultaneamente às dificuldades com o porte de arma, Gayer enfrenta desdobramentos do boletim de ocorrência registrado. Fabrício Rosa, suplente de deputado e alvo das acusações, foi intimado pela Polícia Civil e, em depoimento, negou conhecimento sobre os filhos do parlamentar.

O Ministério Público de Goiás acatou a versão de Rosa, solicitando o arquivamento do processo. Avaliou que os fatos narrados não apresentam elementos para caracterização do crime.

As declarações de Gayer na CPI, acusando Rosa de atentar contra a segurança de seus filhos, levaram a PGR a intimá-lo para esclarecimentos.

A Vice-Procuradora-Geral da República, Ana Borges Coêlho Santos, aponta dubiedade e ambiguidade nas declarações, podendo sujeitar o parlamentar a processos por crimes contra a honra se não justificar as acusações.

 

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