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Goiás vira vitrine nacional com R$ 12,6 bilhões em novos negócios e 38 mil empresas abertas

Prefeito de Aparecida apresenta pacote de ações nesta quinta (10) que inclui retomada de eixos viários, lançamento do Aparecida Digital e entrega de escrituras aguardadas há mais de duas décadas por empresas locais.

O estado de Goiás fechou o ano de 2024 com um saldo expressivo na geração de negócios: foram 38.325 novas empresas abertas e R$ 12,6 bilhões em investimentos captados, segundo balanço da Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg), divulgado nesta semana. O levantamento desconsidera os registros de microempreendedores individuais (MEIs), o que indica ainda maior potencial de expansão econômica no setor formal.

Nos primeiros três meses de 2025, a tendência de crescimento se manteve: foram registradas 12.682 novas empresas, com aporte de R$ 2,65 bilhões, incluindo 462 companhias com capital social superior a R$ 500 mil. O número representa, em média, 141 novos negócios formalizados por dia útil em Goiás desde janeiro.

Segundo o presidente da Juceg, Euclides Barbo Siqueira, o cenário é de continuidade no avanço econômico, com expectativa de superação dos índices recordes de 2023 e 2024. “Os números demonstram solidez do ambiente de negócios goiano, com crescimento expressivo tanto na abertura de empresas quanto no volume de investimentos. O que estamos observando é uma nova etapa do desenvolvimento regional, com cada vez mais protagonismo fora dos grandes centros do Sudeste”, afirmou Siqueira.

Ambiente pró-negócio e cidades médias como vetores de crescimento

O estado soma atualmente cerca de 1,2 milhão de empresas ativas, sendo 30% delas concentradas na capital, Goiânia. Logo após, aparecem Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde e Valparaíso como os municípios com maior densidade empresarial, consolidando um eixo econômico que vai do sul ao entorno do Distrito Federal.

Para o economista e professor da UFG, Carlos Roriz, o desempenho de Goiás está atrelado a um conjunto de fatores estruturantes. “O estado tem mostrado eficiência na desburocratização, melhoria logística e fortalecimento de cadeias produtivas em agroindústria, serviços e logística. Além disso, a expansão do crédito empresarial e o crescimento das cidades médias criaram uma base sólida para esse novo ciclo econômico”, avalia.

O perfil das novas empresas também aponta para uma mudança no tipo de empreendedorismo predominante. Entre os segmentos mais registrados em março de 2025, destacam-se: serviços de apoio administrativo, promoção de vendas, consultorias em gestão, treinamento empresarial e preparação documental. Essas atividades representam negócios com alta demanda em um cenário de maior formalização, digitalização e busca por eficiência nas gestões públicas e privadas.

Novo polo nacional de empreendedorismo?

Nos últimos cinco anos, Goiás tem despontado como um dos estados com maior crescimento proporcional no número de empresas fora do eixo Rio-São Paulo-Minas. Segundo dados da Receita Federal e do Sebrae, a taxa média de abertura de empresas no estado cresceu 34% entre 2019 e 2024 — índice acima da média nacional, que foi de 28% no mesmo período.

Para a analista de negócios e especialista em planejamento territorial Mônica Prado, esse fenômeno também está ligado à interiorização do desenvolvimento. “A consolidação de polos industriais em cidades como Rio Verde, Itumbiara e Anápolis, somada ao dinamismo da Região Metropolitana de Goiânia, cria um ecossistema que favorece desde o pequeno empreendedor até grandes grupos empresariais. Goiás está conseguindo distribuir melhor seu crescimento e reter talentos”, explica.

Comparativo nacional e perspectivas para 2025

Ainda que os dados da Juceg não incluam MEIs, o número de 38,3 mil novas empresas em 2024 coloca Goiás entre os cinco estados com maior volume proporcional de novos negócios em relação à sua população, ao lado de Santa Catarina, Mato Grosso, Espírito Santo e Distrito Federal.

Com o ritmo atual, a projeção é de que 2025 encerre com mais de 50 mil novos CNPJs registrados no estado, somando aportes superiores a R$ 15 bilhões, caso o fluxo de investimentos e formalizações se mantenha constante.

A movimentação revela, segundo os especialistas ouvidos, um reposicionamento do Centro-Oeste brasileiro como novo polo de empreendedorismo e inovação, não apenas no agronegócio, mas também em serviços corporativos e negócios digitais, que passam a ganhar espaço diante da capilarização da internet, qualificação da mão de obra e apoio governamental.

Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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