Esporte

Presidente da Aparecidense sobre paralisação do futebol:”Totalmente impensada”

Júnior Schumacher

Com as atividades totalmente paralisadas em março de 2020 por conta do início da pandemia, o futebol retornou com muitas desconfianças em meados de agosto de 2021. De lá para cá o que era visto como um ato de loucura, acabou ganhando a confiança da maioria. Muito pelos protocolos adotados dentro dos clubes, que praticamente testam quase diariamente seus atletas.

Houve casos positivos, sim houve, mas logo as pessoas são isoladas. Um número que mostra o sucesso da rotina adotada dentro do meio futebolístico, é que até os dias atuais, ainda não se teve óbito registrado no mundo em decorrência da Covid-19, que tenha o futebol como agente principal de transmissão. Por todos os motivos expostos, os clubes goianos que disputam o torneio estadual, foram pegos de surpresa com o novo decreto estadual que suspendem a prática esportiva no Estado.

Em entrevista, o presidente da Aparecidense, Elvis Mendes, ressaltou que não há motivos para a paralisação. “Fomos pegos de surpresa com essa decisão. Entendemos que o futebol é o segmento que mais tem contribuído para a não propagação do vírus. O futebol tem que ser pego como exemplo, se os governantes tivessem adotando os nossos protocolos, com certeza não estaríamos nesse caos. Não fomos ouvidos, nem pelo governador, nem pelo secretário de saúde estadual”, indigna-se o mandatário aparecidense.

Elvis também destaca que com a paralisação a preocupação financeira dos clubes, principalmente as agremiações do interior é tamanha. “Prejuízo muito grande, parar por 14 dias, em especial os clubes do interior, que basicamente não tem calendário após o estadual. Ficam preocupados com a folha, a receita, se esse período se estender para mais 14 dias, já são 28 dias, ou seja, uma folha de pagamento a mais”, enfatizou.

Envolta a pandemia, o presidente também destaca o quão é importante que as competições não pare, até como forma de controle da doença. “Você tira um jogador de dentro do ambiente rígido, onde ele estava sendo tratado sempre. Quando o resultado é positivo, logo ele é isolado, não transmite para ninguém, nem para seus familiares. A partir do momento que você libera o atleta, ele corre mais riscos, pois eu tenho certeza que ele não será testado regularmente como ele seria se estivesse dentro do clube”, discorreu.

Elvis mostra contrariedade com a decisão, mas promete obedecer. “Eu penso que é uma medida impensada, mas infelizmente está tomada, a Aparecidense vai seguir, vai obedecer, temos que procurar nossos meios de não ficarmos totalmente parados”, disse.

Para finalizar, o presidente ressalta a importância do futebol até para ajudar na própria maneira que os governantes querem que aconteça. “É muito triste, até porque o futebol é um entretenimento, ele ajudaria as pessoas a ficarem em casa, o governo pede tanto isso, eu penso que o futebol seria algo a mais para que esse objetivo fosse exitoso, eu comungo dessa ideia”, concluiu.

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