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Caiado evita atrair ao DEM prefeitos do MDB para não atrapalhar aliança

O desempenho eleitoral não expressivo de 2018 e 2020 fez o MDB rever seus planos e recuar em uma eventual candidatura de Daniel Vilela ao Palácio das Esmeraldas nas eleições de 2022. Daniel, inclusive, já fez chegar às bases do partido no interior do Estado que não vai concorrer pela segunda vez ao governo e que o seu projeto é retornar à Câmara Federal. “O político sem mandato é como escorpião sem ferrão”, costuma dizer o jovem líder emedebista.
Nas eleições de 2018, o MDB não venceu a disputa ao governo do Estado e sequer elegeu um deputado federal. O partido teve bom desempenho para a Assembleia Legislativa, quando conquistou quatro cadeiras. Já no pleito de 2020, a sigla também não se saiu bem: de 43 prefeitos, sua representação municipal caiu para 29. Desde as eleições do ano passado, quando seu pai, Maguito Vilela, foi candidato a prefeito de Goiânia, foi eleito, mas faleceu em São Paulo pelas complicações da Covid-19, Daniel Vilela se aproximou do governador Ronaldo Caiado, que se prontificou a oferecer ajuda no tratamento do líder emedebista.
As conversas por telefone foram inúmeras, as visitas ao Palácio das Esmeraldas por parte de Daniel também foram várias. Mesmo o MDB exercendo papel oposicionista, Daniel Vilela tem evitado, desde o ano passado, fazer críticas e cobranças à administração estadual. Ele, inclusive, evitou gravar lives para tratar de temas relacionados à gestão caiadista, o que é um sinal de possibilidade de reencontro entre emedebistas e democratas.
Na última conversa de Daniel Vilela com Ronaldo Caiado, no Palácio das Esmeraldas, o presidente estadual do MDB deixou claro que a pauta das eleições de 2022 não será tratada este ano pelo MDB, o que ocorrerá apenas a partir de janeiro do ano que vem. Em reunião da executiva estadual, em fevereiro último, Daniel abortou um movimento de prefeitos aliados no sentido de lançá-lo candidato a governador.

Iris Rezende já decidiu que vai apoiar a reeleição do governador

“Se o governo vai bem, por que não reeleger Ronaldo Caiado?” Foi o que indagou o ex-prefeito Iris Rezende (MDB) em entrevista a O Popular no ano passado, antes das eleições municipais. Segundo ele, Caiado faz uma boa administração e tem elevados índices de aprovação popular em todos os 246 municípios goianos.
Durante todo o seu mandato à Prefeitura de Goiânia, Iris Rezende manteve relacionamento estreito com o governador Ronaldo Caiado, fixando parcerias administrativas que beneficiaram a Capital. “Sempre mereci de Caiado total consideração, respeito, atenção. Sempre guardarei esse sentimento do governador.” Ronaldo Caiado e Iris Rezende se aproximaram em 2014, quando o presidente do Democratas rompeu com o governador Marconi Perillo e formou chapa majoritária com o líder do MDB. Caiado disputou e venceu para o Senado Federal. Já Iris concorreu ao governo de Goiás e foi derrotado.
Em 2016, quando Iris Rezende dizia que não tinha a intenção de disputar a Prefeitura de Goiânia, Ronaldo Caiado permaneceu até a última hora do prazo das convenções defendendo o lançamento da candidatura do emedebista, que acabou aceitando. Iris enfrentou as urnas e conquistou o seu quarto mandato para a Prefeitura de Goiânia.
Nos últimos meses, Caiado tem incentivado Iris a disputar vaga ao Senado da República nas eleições do ano que vem, mesmo tendo encerrado a sua carreira política. Aos jornalistas, Iris é enigmático: não confirma nem descarta. Pela sua trajetória política, Iris poderá surpreender, na altura de seus 87 anos, deixando de lado a aposentadoria para enfrentar novamente as urnas como candidato ao Senado em 2022. Mas se depender da família, o ex-prefeito não voltará ao cenário eleitoral de Goiás. (H.L.).

Marconi e PSDB não são opção, garante o presidente emedebista

Procurado pelo ex-governador Marconi Perillo há duas semanas, Daniel Vilela ouviu mais do que falou sobre os projetos dos tucanos para 2022 e demonstrou total desinteresse diante da proposta do PSDB para que ele venha a disputar novamente o governo de Goiás. Em entrevista a O Popular, Daniel descartou aliança com os tucanos, ao dizer que o seu partido não tem “afinidade” com o PSDB, por ter ficado 20 anos na oposição aos governos comandados pelo ex-governador.
Sem Daniel Vilela na cabeça de chapa para a disputa ao governo, PSDB e demais partidos de oposição ficam a “ver navios”, pois não dispõem de nomes competitivos para a disputa direta com o governador Ronaldo Caiado. A conversa de Perillo com Daniel não deu o resultado esperado, frustrando o tucanato goiano. (H.L.)

 

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