Editorial do Diário de Aparecida: Feriado vs Pandemia
Hoje, 2 de junho, estamos às vésperas de mais um feriado prolongado. Dessa vez, o de Corpus Christi. A data, que tem intuito religioso, tem o seu objetivo distorcido, tornando-se, na verdade, período de viagens e grandes aglomerações em todo o País. Esse cenário é uma “bomba-relógio” para a atual situação da pandemia da Covid-19 que estamos vivenciando.
Para tentar interromper esse longo período de tempo livre da maior parte da população, o governo estadual e muitas gestões municipais em Goiás decidiram retirar o ponto facultativo, decretado anteriormente, e torná-lo dia útil de trabalho. Mas a questão é: de nada adiantam as ações do poder público se a sociedade não se conscientizar de que este não é o momento de tratar com descaso e de forma leviana o cenário pandêmico que assola nosso País, que já contabiliza mais de 465 mil vidas para a Covid-19.
Das 18 regiões de Saúde existentes em Goiás, 13 voltaram a registrar o aumento na demanda de leitos de UTI, havendo, inclusive, regiões sem vagas disponíveis. Os casos estão voltando a subir de maneira exponencial em todo o Estado e, consequentemente, como reflexo dessa maior circulação do vírus e aumento de contaminados, muito provavelmente veremos as mortes aumentarem novamente.
O feriado desta quinta-feira, 3, serve para descansarmos da correria do dia a dia e das múltiplas atividades que desenvolvemos em nosso cotidiano. Por isso, vamos continuar fazendo a nossa parte. Evitando ações que promovam a disseminação do novo coronavírus, tomando todos os cuidados e precauções sanitárias de maneira sensata e humana. Vamos nos proteger e proteger os que amamos. A Covid-19 mata.