Esporte

Fortalecido pelas Olimpíadas, skate goiano agora luta pela profissionalização do esporte

O skate estreou nas Olimpíadas de Tóquio e a nova modalidade chegou para dar ainda mais orgulho à torcida brasileira. No domingo, 25, Kelvin Hoefler conquistou a medalha de prata na categoria Skate Street Masculino e na madrugada de segunda-feira,26, Rayssa Lea, de apenas 13 anos, fez história nas pistas de Tóquio conquistando o segundo lugar no Skate Street Feminino.

A modalidade ganhou destaque no país e tem inspirado jovens skatistas. Em Goiás o skate ainda não possui uma Federação. O vice-presidente da Associação Goiana de Skateboarding (AGSK8), Eliaber Dias, destaca que a fundação da federação estadual é um projeto que começou em 2019, mas a pandemia atrasou o processo. A previsão é que a fundação seja concretizada ainda esse ano. O objetivo é fazer o skate goiano se profissionalizar cada vez mais e contribuir para conquistas de bolsas do Pró-Atleta.

A AGSK8 é uma associação fundada em 1998, sem fins lucrativos, que visa trabalhar e buscar melhorias para o skate goiano através de campeonatos. Eliaber Dias relata que o Circuito Goiano de Skate é o único da Região Centro-Oeste do Brasil e atrai skatistas de toda região porque classifica atletas para o campeonato nacional.

“O circuito goiano tem três etapas divididas durante o ano e conta com as categorias mirim, iniciante, feminino, amador. As três etapas contam pontos para que no final do circuito os três primeiros ganham vaga para a final do Campeonato Brasileiro de Skate Amador que acontece em São Paulo e é realizado pela Confederação Brasileira de Skate. Dependendo do resultado, o skatista garante vaga para disputar o Oi STU Qualifying Series que é o campeonato seletivo para as Olímpiadas”, explica.

Na edição deste ano, o Oi STU Qualifying Series foi realizado em Santa Catarina, Goiás teve uma representante, a goiana Laura Rezende, de 17 anos, filha de Eliaber Dias. A jovem skatista ficou em quarto lugar no Campeonato Brasileiro de Skate Amador e no Oi STU foi a única atleta representante da região Centro-Oeste na categoria feminina.

Uma das ações da AGSK8 é a realização de um trabalho social nos bairros carentes de Goiânia e região, com o intuito de incentivar a prática da modalidade. “Trabalhamos nos municípios da região para ajudar o pessoal que não tem muitas possibilidades de ter o incentivo do Skate, fazemos um trabalho social levando as pessoas para andarem e sentir o que o skate. Às vezes levamos os materiais (tênis,skate) para doar. O objetivo da Associação é esse: divulgar a modalidade na região e abrir espaço para levar o skate goiano para fora. Para que todos vejam que nós também somos uma potência”, ressalta.

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